INL cria projecto para tornar Int. Artificial mais eficiente

O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) vai liderar, em conjunto com sete entidades, o projecto “ChipAI”, que pretende desenvolver um chip de Inteligência Artificial (IA) que torne as unidades centrais de processamento (CPU) mais eficientes. A investigação vai contar com apoio de fundos comunitários na ordem dos 3,9 milhões de euros.

O responsável do INL, Jorge Fiens, explica que o projecto tem em conta “a ineficiência energética” actual das CPU’s, que tem sido “o grande obstáculo para o desenvolvimento de sistemas de IA viáveis e portáteis”. O INL quer, por isso, “reduzir o consumo de energia necessário para simular as funções cerebrais mais complexas” através “da nanotecnologia e da fotónica”.

“O que o projecto pretende é, em tecnologias baseadas na fotónica e na óptica, desenvolver uma computação semelhante ou até mais rápida que a do cérebro humano”, resume.

A investigação está prevista para os próximos 3 anos e vai ser realizada em conjunto com sete entidades – Universidade de Glasgow (Reino Unido), Universidade de Strathclyde (Reino Unido), Universidade de Tecnologia de Eindhoven (Holanda), Faculdade de Ciências – Universidade de Lisboa, Universidade das Ilhas Baleares (Espanha), IQE plc (Reino Unido) e a IBM Research Gmbh (Suíça).

Enquanto as Universidades serão responsáveis pela investigação, a IBM está encarregue da futura comercialização do projecto. Jorge Fiens adianta que o que se pretende, daqui a 3 anos, é que os resultados “permitam desenvolver CPU’s de IA semelhantes ao cérebro, que sejam portáteis, energeticamente eficientes e eficazes em termos de custos”.

Inteligência Artificial vai substituir o Ser Humano?

A Inteligência Artificial tem sido objecto de debate nos últimos anos. A IA já está presente, por exemplo, nas aplicações de smartphones que guiam o utilizador, sem pesquisa prévia, a um resultado baseado em algoritmos anteriormente utilizados. Há quem diga, por isso, que existe um risco associado muito forte no desenvolvimento da tecnologia, que pode acabar com empregos ou ultrapassar a capacidade do cérebro humano. Jorge Fiens acredita que a “IA não vai substituir a Inteligência Humana” mas vão ambas “fundir-se para dar lugar a uma Inteligência Aumentada”.


“Não seria bom para a humanidade que nós, humanos, passássemos em exclusivo a nossa capacidade de pensar para um computador ou uma máquina. O que se quer criar é uma Inteligência Aumentada que permita aos seres humanos realizarem melhor as suas tarefas”.

Áudio:

Jorge Fiens, do INL, explica em que consiste o projecto “ChipAI”

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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