INL mostra como o Cancro se pode converter em doença crónica

O Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), sediado em Braga, vai organizar a edição portuguesa de 2019 do Health TECH do Dia Mundial do Cancro. 

O INL quer dar a conhecer de que forma as novas tecnologias médicas estão a mudar o diagnóstico e o tratamento do cancro. A conferência decorre sexta-feira, entre as 9h e as 11h, nas instalações do laboratório, e é aberta a toda a comunidade. No painel de oradores vão estar Cristiana Fonseca, da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Daniela Pereira, criadora da startup Mag4Biomed, José Luís Costa, investigador do I3S (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde), e Joaquim Abreu de Oliveira, oncologista do IPO (Instituto Português de Oncologia, Porto).

Lorena Diéguez, líder do departamento de dispositivos médicos do Laboratório, diz que a sessão pretende mostrar que o Cancro pode tornar-se numa doença crónica: “Queremos mostrar como as novas tecnologias podem ajudar a mudar o diagnóstico e a terapeutica do Cancro para que este se converta numa doença crónica”. 

A investigadora ressalva que “a comunidade científica quer dar a conhecer, ao público geral, o que é que os médicos e as empresas estão a fazer em relação ao cancro”. O que vai ser dado a conhecer são as mais recentes inovações na nanomedicina e inteligência artificial, que permitem um diagnóstico precoce mais preciso e uma administração de medicamentos mais segura. No caso da inteligência artificial, a investigadora do INL explica que, hoje, “há técnicas informáticas de sequenciação de alto nível em que se consegue colocar todos os dados dos pacientes -gerais ou dentro do próprio hospital [onde está o doente]” o que permite ver quais as terapias que melhor resultaram e, desse modo, alcançar um tratamento mais personalizado.

Lorena Diéguez revela que o modo de tratar o cancro está a evoluir e deu o exemplo da tecnologia desenvolvida pela start up Mag4Biomed – que vai estar presente na conferência de sexta-feira -, que está a trabalhar “em nanopartículas magnéticas, que conseguem libertar o fármaco de um modo localizado”, explicando “que tradicionalmente a quimioterapia faz muito mal aos doentes e quando os medicamentos conseguem ser direccionados matam apenas as células tumorais”.

Para quando a comercialização do resultado das investigações?

Os avanços na tecnologia e investigação médica são determinantes para o avanço no tratamento de doenças mas coloca-se a dúvida de perceber quando é que o resultado desses processos é, efectivamente, comercializado. A isto, Lorena Diéguez responde que “antes de a tecnologia estar ao serviço das pessoas são precisos testes de segurança, exigentes, e isso demora no mínimo 15 anos”. No entanto, a investigadora revela que o INL está a acelerar o processo, ao associar-se a várias start-ups.

“O INL está a trabalhar muito na área da inovação e tem uma incubadora de empresas que permite criar spin-offs e ajudar as start-ups dos investigadores, para que aquilo que é desenvolvio nos laboratórios passe mais rapidamente ao percurso empresarial”.

 

O Health TECH do Dia Mundial do Cancro decorre nas instalações do INL. A conferência é aberta a toda a comunidade e os interessados podem inscrever-se aqui.

Áudio:

investigadora do INL explica os avanços no tratamento do cancro

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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