‘Jerónimo’, o artista em destaque no Memórias de Braga

A vida e obra do pintor bracarense Jerónimo Fernandes da Silva é o tema da próxima sessão ‘Memórias de Braga’, Braga+. Este sábado à noite, para recordar ‘Jerónimo’, a sessão conta com Manuel António Araújo e A Dias Machado. Além da pintura, Jerónimo dedicou-se à fotografia, à escultura, lançou dois livros de poemas e foi autor de vários cartazes para partidos políticos no pós-25 de Abril.
Antes de mais uma sessão, a RUM esteve à conversa Manuel António Araújo, detentor de várias obras de Jerónimo com quem privou. Jerónimo “foi muito mais acarinhado em Barcelos do que na cidade de Braga”, começa por dizer e para isso poderá ter contribuído o facto de ter passado “uma pequena parte da sua vida em Barcelos” onde contactou com muitos coleccionadores e com a própria câmara municipal. Ainda assim, um artista que “não foi devidamente reconhecido” por parte destes dois municípios.
Na opinião de Manuel Araújo “é preciso estudar e trabalhar a sua obra”, no campo da pintura, mas também na fotografia, escultura e criação.
Para Manuel Araújo, aquele “criador extraordinário” era também “um homem de rompantes e de vendavais, o que não lhe granjeava os melhores amigos”, assume. Jerónimo Fernandes da Silva nasceu em Braga em 1935. Até 2003, ano da sua morte, terá pintado aproximadamente cinco mil quadros.
Algumas das obras de Jerónimo estarão patentes na junta de freguesia de S. Victor na noite deste sábado. Manuel Araújo destaca de de forma particular, a que o protagonista estava a pintar quando faleceu, “uma obra em que se percebe nitidamente que sentia que ia morrer e estava a pintar a própria morte”, especificou.
