JP Braga quer que CMB se “desfaça” da Confiança
A Juventude Popular de Braga veio esta quinta-feira a terreiro aconselhar o presidente da Câmara Municipal de Braga a vender a antiga fábrica Confiança, explicando que nunca defenderam o projecto e que agora, sem fundos para a reabilitação, o ideal é “vender pelo valor de mercado”. Franciso Mota, presidente da JP, desvaloriza a importância patrimonial do edifício, apontando que se resume a uma fachada que deve apenas ser mantida pelo privado que a comprar.
Francisco Mota disse à RUM que o património se resume a “uma fachada de uma fábrica que teve um enquadramento importante sócio-económico e histórico da cidade”, apontando que basta apenas a “valorização da fachada” para servir de “mecanismo de salvaguarda”.
Questionado pela RUM sobre a possibilidade de a Confiança se poder tornar numa nova superfície comercial – existirão interessados em adquiri-la com essa finalidade – Francisco Mota disse apenas que a venda da Confiança deve valorizar a fachada e ter “um enquadramento urbanístico e legal, seja uma superfície comercial, apartamentos, habitações ou um chalé”.
Para a JP a venda da Confiança “é uma oportunidade urbanística” pautando-se pela ligação “entre a Braga1 e a Braga2”.
A Juventude Popular recorda ainda que nunca concordou com a aquisição daquele património e que existiam outras áreas prioritárias.
O presidente da Juventude Popular de Braga reafirma estar “ao lado do presidente da CMB na venda da Confiança” e foi mais longe nos elogios ao autarca local e nas críticas à oposição: “Tanto a oposição como os bracarenses não estão habituados a este tipo de gestão, que é uma gestão responsável, que respeita a relação intergeracional e que respeite a Braga das contas certas, de não gastar aquilo que não se tem. Eu sei que a oposição e que, infelizmente, os bracarenses não estajam habituados a uma política e a uma atitude destas, daí nós nos colocarmos do lado do presidente da CMB”, rematou.
