Julho chega ao Theatro Circo: dois concertos, dois países

No Theatro Circo, o primeiro fim-de-semana do mês de Julho arranca com dois artistas internacionais: o francês Thomas de Pourquery & Supersonics actuam esta sexta-feira, dia 6 de julho, pelas 21h30 e a espanhola Joana Serrat, no dia seguinte, sábado, pelas 22h00, artista que regressa ao Theatro Circo após a sua estreia em 2016 aquando do Festival Para Gente Sentada.

O primeiro a subir a palco, na sexta-feira, é o premiado músico francês Thomas De Pourquery e a sua banda Supersonic. O músico estreou-se em Portugal no Festival Músicas do Mundo de Sines em 2017. O primeiro álbum ‘Play Sun Ra’ foi lançado em 2014 e distinguido como Melhor Álbum do Ano pelo ‘Victoires du Jazz 2014’.


O regresso a Portugal ficará marcado pela apresentação do disco “Sons of Love”, no qual Thomas de Pourquery assume a composição de todos os temas. O novo álbum é uma espécie de viagem espacial, disse o músico, em entrevista à RUM. “É uma espécie de energia solar. É o que sentimos quando tocamos juntos. É algo muito positivo, mas é também uma grande viagem por diferentes ondas espaciais. Cada canção representa um planeta diferente. Tentamos que este concerto seja uma viagem pelo espaço”, explicou.


Em comparação com o primeiro disco, denominado “Play Sun Ra”, no recente “Sons of love” mantém-se a energia, diz Thomas de Porquery. “Acho que é muito diferente. O primeiro álbum foi dedicado à música do “Sun Ra”. O “Sun Ra” deu-nos a liberdade e energia que pertence à música dele, e tentamos mantê-la nas nossas novas músicas”.


Para o músico francês, a música “é a melhor terapia que existe” e é essa energia que quer passar a quem estiver no Theatro Circo. “Talvez a música cure as nossas mentes. Na verdade, acredito que a música nos pode salvar. Faz-nos estar ligados ao mundo, ao universo e às outras pessoas. Criamos uma ligação com o presente. Então quando se toca, essa ligação é ainda mais forte. Estamos completamente ligados ao momento e isso é algo difícil de conseguir. Mais música é igual a mais felicidade.


Sábado é a vez  da artista catalã Joana Serrat passar pelo Theatro Circo. A compositora, que já passou por festivais em Portugal, nomeadamente o festival para Gente Sentada e o Paredes de Coura, regressa a Braga apresentar o mais recente trabalho denominado “Dripping Springs”. Das muitas influências, encontram-se nomes como Cat Power ou Bob Dylan.


Quanto ao disco ‘Dripping Springs’, trata-se de “um álbum sobre o que se deixa para trás, e nos desprendemos de algumas coisas que já não nos servem. É álbum sobre despedidas”. Simultaneamente, as canções “encaram o futuro como um novo horizonte, de uma forma optimista”, referiu à RUM.


Um álbum inspirado em vivências pessoais, a nível artístico, amoroso e político. “Vem da época do meu álbum anterior e de alguma representa essa viagem de encontro comigo mesma. São vivencias pessoais, como relações com outros, relações a nível artístico, toda a a situação que me rodeia, incluindo a política”, explicou.


Em palco, Joana Serrat promete um concerto intimista, onde quer envolver o público nas suas cancões. “Gostaria de transmitir tudo isto de uma forma íntima. É algo muito pessoal que, no fundo, se traduz no que mostro ao público. Quero que as pessoas oiçam as cancões e se identifiquem e as relacionem com vivências próprias”, disse.

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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