Mais três dias de greve na Bosch

Os trabalhadores da Bosch em Braga, que executam funções no parque das máquinas, iniciaram esta quarta-feira uma greve de três dias.Insatisfeitos, exigiram novas condições às chefias, mas que não foram aceites.
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Trasnformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte, na voz do coordenador Miguel Pinto, refere, entre as principais reivindicações deste grupo de trabalhadores, o melhoramento das condições de trabalho. Os operários denunciam “ritmos excessivos de trabalho com posturas ergonómicas erradas e pressão psicológica”. A discriminação salarial, no que toca ao pagamento das horas nocturnas compreeendidas entre as 20h00 e 22 horas e o subsídio de turno, que “é pago para uns trabalhadores na ordem dos 25% e 10% a outros”. A não aplicação das diuturnidades aos novos trabalhadores é outra das reivindicações. Além disso, “a empresa não aceita que o Sistema de Avaliação seja contabilizado para o cálculo da actualização do salário base”, avisa Miguel Pinto.
A adesão neste primeiro dia de greve, segundo o sindicato, rondou os 90%, envolvendo mais de 100 trabalhadores. Uma paralisação que se prolonga até sexta-feira e que afecta toda a estrutura da empresa.
“Estamos a falar de uma empresa que passa uma imagem para opinião pública de que é altamente qualificada, mas depois trata os trabalhadores desta forma. A Bosch apresentou no ano de 2017 lucros de cerca de 41 milhões de euros, quando uma empresa tem estes resultados não tem necessidade alguma de aplicar este tipo de discriminação salarial aos trabalhadores”, defende Miguel Pinto.
Áudio:
Miguel Pinto, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte.
