Moradores de Real contra alargamento de creche

A cedência de uma parcela de terreno do município de Braga para o alargamento do Centro Social Aldeia da Gente Pequena, em Real, deixou todo o executivo da União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe e os moradores vizinhos indignados. Alertam que a construção naquela zona vai afectar o dia-a-dia dos residentes e ocupar todas as traseiras das moradias ali construídas, tapando ainda uma ribeira existente. Esta segunda-feira, surgiram na reunião de câmara o autarca local e dois dos moradores com o objectivo de verem retirado o ponto da ordem de trabalhos, o que não aconteceu. A cedência de terreno foi aprovada pelo executivo municipal.

Francisco Silva, presidente da União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe avisa que todos, à excepção da câmara, estão contra o projecto.  “A junta de freguesia foi colocada à parte de todo este processo, nunca foi ouvida. Em 2011, alguém que se intitulava responsável da creche sondou a junta, que disse logo que não. A mesma senhora sondou os moradores que são directamente afectados e levou também um redondo não de todos eles, e neste momento quer passar a ideia que os maus da fita são o presidente da junta e os moradores”, denunciou o autarca.

O presidente daquela união de freguesias lembra que o projecto nem sequer se enquadra no parecer jurídico da câmara de Braga e alerta para outros constrangimentos que aquela construção irá causar, caso venha a ser licenciada. “Ocupa muito mais espaço, vai até ao final das vivendas e passa por cima da ribeira. Os moradores não aceitam este tipo de cedência”, avisou. Francisco Silva sublinha que ninguém está contra o trabalho da creche e refere que a freguesia “tem outros terrenos” que podem acolher um alargamento da creche da IPSS Aldeia da Gente Pequena.

O presidente do município de Braga, Ricardo Rio, recordou que se trata apenas de uma predisposição do município que visa ajudar uma IPSS, o que não significa que a ampliação se venha a concretizar. “O momento que a câmara está a deliberar e que vai ser submetido à Assembleia Municipal é a predisposição para, caso essa alteração do alvará de loteamento se concretize e o projecto tenha condições para avançar, nós cedermos um espaço de equipamento público à concretização de um equipamento público”, começou por explicar. No entanto, o autarca acrescenta que “se os membros do loteamento entenderem que não querem viabilizar esse projecto, a CMB entende e acatará essa decisão”.

Áudio:

Declarações de Francisco Silva (autarca da (União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe) e de Ricardo Rio (Pres.CMB)

Elsa Moura
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