Mosteiro de Tibães nunca teve tão poucos funcionários

“O Mosteiro de Tibães atravessa o tempo de maior dificuldade de recursos humanos”. Quem o diz é a directora do espaço, Maria de Lurdes Rufino. Em entrevista ao programa Campus Verbal, na noite desta terça-feira, A directora do mosteiro beneditino referiu que nesta altura o quadro de pessoal mínimo permanente deveria ser de 25 pessoas, mas estão “apenas treze”, um número que no passado estava afecto exclusivamente à cerca.
Um número muito abaixo das necessidades reais, sobretudo quando a taxa de turistas que visitam aquele espaço está permanentemente a subir.
Segundo Maria de Lurdes Rufino, deverão chegar em breve dois funcionários através dos contratos PREVPAV, uma pequena ajuda, ainda que insuficiente. “Houve museus que, por circunstâncias felizes, tiveram possibilidade de meter vinte pessoas, nós só tivemos possibilidade de ter dois contratos destes, por isso, infelizmente, está muito aquém das necessidades do Mosteiro, mas já vai ser uma ajuda considerável”, admitiu.
A directora do Mosteiro de Tibães afirma que a necessidade “está há muito identificada” e lamenta que a cada área não esteja alocado um número suficiente de profissionais. “Existem quatro pessoas na parte exterior, para os 43 hectares que temos de cuidar, sendo que estas pessoas, contratadas há trinta anos, eram trinta anos mais novas, o que num trabalho extremamente pesado do ponto de vista físico tem repercussões”, sublinhou.
Já no serviço educativo estão em permanência quatro pessoas, “as que mais estruturam o mosteiro do ponto de vista das actividades, da programação e da resposta aos visitantes”, referiu, lamentanto que não passe nenhuma semana em que a todos eles “não sejam pedidas mais horas de trabalho e fins-de-semana de trabalho”. Entre os treze trabalhadores, o Mosteiro de Tibães tem apenas três pessoas afectas à recepção. Três profissionais que se dividem pela semana e fim-de-semana e que realizam ainda o atendimento à loja e três visitas guiadas por dia.
O edifício conta ainda com um administrativo e um responsável pela conservação preventiva.
A entrevista ao Campus Verbal, que foi para o ar ontem à noite, pode agora ser ouvida em podcast em rum.pt
Áudio:
Excerto da entrevista à RUM
