“Não preciso de acabar uma música, aqui é só fazer”

Artistas e organização do Westway Lab estiveram reunidos ao final da tarde desta quarta-feira no restaurante Cor de Tangerina, em Guimarães, no arranque oficial da 6ª edição do festival. Oficial porque o festival começou já no dia 1 deste mês, com as residências artísticas no Centro de Criação Candoso. As residências juntaram artistas nacionais e internacionais em 10 dias, numa reunião de diversas abordagens musicas que terão o resultado final em showcases no Centro Cultural Vila Flor. Foram esses os artistas que estiveram esta quarta-feira a partilhar as suas experiências.

Do Canadá – país convidado desta edição – estiveram os Tribe Royal, que falaram de um processo “benéfico” no trabalho com o nacional Yosune, “aberto às sugestões” do grupo. É esse processo um dos focos de um festival que é mais interno do que externo. As relações e contactos entre músicos, estabelecidos durante as residências artísticas, traduzem-se, mais tarde, no verdadeiro produto florescente do festival. 

Outro dos músicos presentes na conversa falou no aspecto de improviso que o festival oferece. “Não preciso de acabar uma música, aqui é só fazer”. O factor surpresa é, também, um dos ingredientes a ter em conta nos showcases. “Não sabemos o que vai acontecer, o que queremos é dar energia ao público, criar de modo espontâneo”.

Rui Torrinha admite editar as residências artísticas

No final da conversa, Rui Torrinha, mentor do Westway Lab, esteve à conversa com a RUM e sublinhou a reacção positiva que sentiu quando visitou o grupo de trabalho das residências. 


“Criou-se, em Candoso, um grande espírito de trabalho colectivo. Inclusivamente, agora, [no final da conversa] os artistas revelaram que se auto-desafiaram a fazer uma canção sobre as estações porque quando chegaram a Portugal apanharam vários climas. Isto diz muito do espírito dos artistas ao enfrentarem este desafio”.


Na conversa no Cor de Tangerina, um dos artistas sugeriu a hipótese de editar uma compilação das residências artísticas. Torrinha reconheceu que “a ideia de criar uma memória” já pairou na cabeça da organização mas garantiu que “não há obsessão de andar rápido”, lembrando que o festival ainda está numa fase de consolidação.

O Westway Lab decorre até sábado em vários locais de Guimarães. Entre showcases, conferências e concertos, muito do festival foi feito previamente, através das residências artísticas. O resultado das residências pode agora ser visto com a reunião de artistas nacionais como Captain Boy, Lince, Yousune e internacionais como Tribe Royal ou Mickey.

Áudio:

Rui Torrinha frisa a liberdade de criação oferecida aos artistas do Westway Lab

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv