“Necessário investir. Os ciberataques vão continuar”

A cibersegurança encontra-se num “estado anárquico”. Estamos a entrar numa era em que o “ciberespaço é dominado pelas máquinas”. O director do Departamento de Sistemas de Informação da Universidade do Minho, Henrique Santos, acrescenta: “Se adicionarmos ao ciberespaço a falta de segurança e a falta de controlo mínimo sobre as políticas de segurança podemos criar situações muito complicadas”.

Questionado sobre a demissão do diretor-geral do Gabinete Nacional de Segurança, Henrique Santos prefere não comentar, mas não duvida que faltam verbas para atrair peritos informáticos para o Estado. “A cibersegurança continua a ser vista como uma despessa e não como um investimento necessário. Infelizmente, assistimos à entrega deliverada da segurança ao sector privado”.

Definir uma estratégia é “alarmante”, uma vez que os portugueses e os serviços do estado “estão mais vulneráveis a ciberataques”. Na opinião do docente, tem sido desenolvido trabalho no sentido de fortalecer a protecção de dados, mas “urge a criação de políticas” de protecção de informação.

“Vamos continuar a ouvir falar em ciberataques. Não tenho dúvidas disso. Muitos dos atacantes fazem disso profissão”. Mas os ataques informáticos não são de agora. O docente acredita que há muito que acontecem, mas que foram camuflados por uma questão de reputação das entidades envolvidas.

“Só quando houver uma catástrofe é que o estado vai começar a dar a merecida atenção a esta área. Nunca vi qualquer estratégia assumida de certificação de segurança. Ainda nada foi feito no sentido de mudar alguma coisa. Atravessamos uma era em que os dispositivos conectados à internet superam o número de utilizadores”.

Áudio:

A opinião de Henrique Santos sobre a cibersegurança em Portugal.

Paulo Costa
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