“Nós propomos” põe estudantes a reabilitar Braga

Reabilitar edifícios, dar uma nova vida à estação de camionagem ou criar um teleférico em Braga. São estas algumas das propostas dos alunos da Escola Secundária Sá de Miranda. As sugestões, que são posteriormente discutidas com a Câmara Municipal, surgem no âmbito do projecto “Nós Propomos! Cidadania, Sustentabilidade e Inovação na Educação Geográfica”. A iniciativa já chegou a mais de 60 escolas a nível nacional e a algumas escolas de Espanha.

Este é o 5º ano em que a Escola Sá de Miranda adere à iniciativa e foi neste estabelecimento de ensino que o projecto foi hoje apresentado. Rita Pinto, estudante Ciências Socio Económicas, explicou aos jornalistas que a proposta do seu grupo passa pela reabilitação da Fábrica Confiança, onde querem construir “um museu com história da Fábrica, um jardim, um espaço de estudo para os alunos da Universidade do Minho e uma galeria de Arte, que faz falta a Braga”, adiantou. “Para nós, a Câmara está muito interessada nesse edifício e é interessante”, adiantou.


Já a proposta de outro grupo de estudantes, explicada pelo aluno Paulo Lacerda, incide sobre a requalificação de um edifício abandonado em Ferreiros, onde, admite, existe algum vandalismo. “Queremos usar o espaço para criar um Centro de Saúde, já que não existe um muito próximo. As estatísticas mostram que a população da zona é envelhecida. Percebemos que é necessário requalificar, nem que fosse para um edifício para ajuda social”, sublinhou.


O objectivo é que os alunos identifiquem problemas que lhes são frequentes na sua vida quotidiana. Em seguida, alunos e professores reúnem-se com técnicos do Município que lhes transmitem as principais orientações e preocupações do Plano Director Municipal, também abordado no 11.º ano, ajudando-os a enquadrar o problema que estão a estudar.


“Um projecto que pode mudar Braga”


Na sessão, o vereador do urbanismo, Miguel Bandeira, admitiu que o projecto é importante no sentido em que cria “elos de ligação” entre os estabelecimentos de ensino e a  Câmara Municipal. “Serve para tornar a escola mais aberta; estreitar os elos de interacção entre os decisores políticos, os técnicos que fazem os projectos para a cidade e os cidadãos representados nos órgãos que discutem as melhores e piores opções”. Um projecto que , acredita, projecta “tudo aquilo o que deve ser uma escola e uma autarquia”, elogiou.

Já vereadora da educação, Lídia Dias, fala num projecto que pode fazer a diferença em Braga. “É um projecto que leva cada um de vós a olhar o nosso território, a serem críticos relativamente à nossa cidade, leva cada um de vós a participar, não só a emitir uma opinião, mas sim a intervirem, a falarem com os agentes da cidade, questionarem o porque de algumas coisas acontecerem”, lembrou.


Só da Escola Secundária Sá de Miranda já participaram, nos últimos 5 anos, cerca de 630 alunos. Este ano chegou a cerca de 150 estudantes do 11.º ano.

Áudio:

Dois alunos, Rita Pinto e Paulo Lacerda, explicam os seus projectos

Mafalda Oliveira
Mafalda Oliveira

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