O que pensam os jovens sobre as eleições Europeias?

Os portugueses são chamados às urnas já este domingo, dia 26 de Maio, para eleger os representantes no Parlamento Europeu, em Bruxelas. De acordo com o Eurobarómetro, Portugal é o país do bloco comunitário onde menos jovens, apenas 3%, garantem que vão exercer o ser direito ao voto. A abstenção nas ultimas eleições, em, 2014, atingiu os 66,16%.

A RUM conversou com quatro dos melhores alunos da Universidade do Minho para perceber qual a visão dos candidatos sobre esta campanha eleitoral. A abstenção nas ultimas eleições, em, 2014, atingiu os 66,16%.

Campanha eleitoral está focada em “politiquices”, considera João Rebelo – Gestão e Sistemas de Informação

João Rebelo frequenta o mestrado em Gestão Sistemas de Informação e assume que está a “acompanhar” o mais que pode. No entanto, tem “pena que o acompanhamento mais mediático que é feito esteja mais focado em politiquices do que, propriamente, no que cada candidato poderia oferecer como representantes de Portugal nas Europeias”.

O estudante frisa que estas eleições são um “exemplo perfeito” da vantagem dos jovens dominarem o uso da internet, caso contrário confessa que “teria muita dificuldade em perceber onde seria mais bem gasto o meu voto”. 

No que toca a temas que gostava que fossem mais debatidos, João Rebelo destaca os “aspectos sociais”, pois na sua opinião as questões “económicas serão resolvidas pelo mercado de trabalho, alianças e aumento do nível da economia e não pela política”. 

O estudante da UMinho sublinha que é “importante que toda a gente vote”. “Não é apenas um no meio de muitos milhões caso contrário ninguém decidia nada”, garante João Rebelo. 

“Deviam envolver-se mais nas universidades”, Mariana Rodrigues da Silva.

Mariana Rodrigues da Silva foi a aluna com a melhor média na Universidade do Minho, 20 valores. A estudante do mestrado em Engenharia Biomédica não tem dúvidas que é “importante” que os jovens tenham um papel activo na sociedade, uma vez que no fundo “os jovens podem ter um papel decisivo nas eleições”. 


De acordo com a jovem, existe um distanciamento da parte dos políticos em relação aos jovens. “Deviam envolver-se mais nas universidades. Darem-nos mais atenção e assim mostrar que se preocupam, que estão atentos aos jovens”, defende. Mariana da Silva afirma que gostava de ter ouvido mais debate em volta da questão do “emprego” para que os jovens não sejam obrigados a “sair de Portugal”. 


Mais distanciado das questões políticas está Hugo Sousa de Línguas e Literaturas Europeias. O jovem admite não estar a acompanhar “o suficiente para comentar a fundo” as eleições europeias. Quando questionado sobre o porquê dessa desinformação, Hugo responde que considera que o “discurso político não é direccionado para os jovens, logo talvez seja por isso que não temos tanto interesse”.  No entanto adianta que este domingo vai marcar presença e votar para as eleições Europeias. 



Culpa do desinteresse político é de “ambas as partes”, Rita Passos.


Já Rita Passos diz que nos últimos seis anos, devido à exigência do curso de Medicina, não tem acompanhado as questões políticas. Mesmo assim não tem dúvidas que a culpa do desinteresse político, em geral, é de “ambas as partes”. Ou seja, dos jovens e políticos. “É muito importante que haja um investimento em motivar as pessoas em querer fazer mais. Apostar na proximidade e para além disso fazer as coisas de uma forma mais justa e interessada em nós, jovens”. 

Áudio:

Os pontos de vista de quatro dos estudantes de mérito da Universidade do Minho.

Vanessa Batista
Vanessa Batista

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