Oposição critica “ano de estagnação” em Braga

A oposição em Braga criticou, esta segunda-feira, os relatórios de contas referentes a 2016 e que foram aprovados em reunião de Câmara.

Partido Socialista (PS) e CDU sublinharam a falta de investimento, ausência de ideias e inoperância do executivo para classificar aquilo a que chamam um “ano de estagnação” em Braga. Hugo Pires, vereador do PS, afirmou, na habitual conferência de imprensa que sucede à reunião de executivo, que o relatório de contas explica bem o que se passa em Braga. “Este relatório é a prova de que não há ideias, não há iniciativa, não há obra, não há investimento nas infra-estruturas nem aposta nas pessoas e na qualidade de vida das mesmas”, disse o socialista. Hugo Pires afirmou que há duas possíveis explicações para o sucedido: “Um deles é que a maior parte das coisas já estava feita em Braga pelo anterior executivo e o outro prisma possível é que a coligação não tem ideias e não consegue concretizar e fazer acontecer, ao contrário da marca do PS que apostava no desenvolvimento do concelho”.

A maioria explica alguma da falta de investimento com os sucessivos atrasos nos processos relativos aos fundos comunitários. Ainda assim, Hugo Pires, que se diz informado pelo governo e vários secretários de estado sobre a matéria, diz que “a desculpa é uma mentira”. “O que está paralisado são os serviços camarários que tratam das candidaturas. Atira-se a responsabilidade para o Governo para justificar a nossa imcompetência nesta matéria”, afirmou o socialista que disse ainda que “os serviços camarários não respondem a uma estrutura que está à deriva e com falta de liderança”.

Sobre esta matéria, Carlos Almeida, vereador da CDU, explicou que a falta de fundos comunitários não justifica a falta de investimento municipal e sublinha “2016 como  um ano de investimento muito reduzido e praticamente inexistente”. O vereadorexplicou ainda que “quando se vê o plano de investimentos não nos apercebemos dessa reorientação de fundos que advém das maiores receitas”.

Assim sendo, Carlos Almeida não tem dúvidas em classificar o ano de 2016 como sendo de “estagnação em Braga”. “É um ano em que grande parte dos problemas continua por resolver. O conjunto de projectos pensados para 2016 ficaram na gaveta e vão surgir em força em 2017”, acrescentou Carlos Almeida que disse ainda que “Ricardo Rio está a fazer exactamente igual a Mesquita Machado ao guardar investimentos para o ano eleitoral”.

O vereador comunista especifica o caso da cultura, como o mais preocupante, lembrando que “é lamentável ter deixado uma taxa de execução a zero no plano plurianual de investimentos”.

O vereador acrescenta que “em todas as áreas do PPI há uma redução do investimento”.

Ricardo Rio, presidente do município bracarense, defendeu-se das acusações, enaltecendo um ano “em linha com o trabalho desenvolvido por esta gestão municipal em relação à sua gestão económica e financeira e que é uma gestão de rigor, transparente e que procura que as contas municipais reflictam o melhor possível a realidade do município”. Ricardo Rio destacou a redução da dívida municipal e os “bons resultados” registados nas empresas municipais. 

Daniel Silva
Daniel Silva

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