Pais tentam impedir encerramento da EB1 do Coucinheiro

Alguns encarregados de educação de alunos da Escola Básica do Coucinheiro, em Palmeira, surgiram esta manhã na reunião de câmara na tentativa de impedir um eventual encerramento daquela escola no próximo ano lectivo. Em Junho, o número de matrículas antevia o encerramento, e a autarquia terá mesmo comunicado essa possibilidade junto da DGEste face aos números apresentados. Entretanto, surgiram novas inscrições e a escola conta 24 alunos – dois deles com necessidades especiais – e dois anos lectivos distintos – 1º e 4º ano.

Na reunião de câmara, alguns pais acusaram a directora de pressionar os encarregados de educação para que procedessem às matrículas das crianças na Escola Bracara Augusta, e não na escola do Coucinheiro. “Os pais sentiam-se pressionados. A directora ligava às nove da noite para os pais para eles assinarem a transferência dos miúdos, dizia que se não se inscrevessem na Bracara a escola ia fechar, que iam ficar três anos juntos, inventava várias informações aos pais, daí não terem supostamente inscrições que nós tínhamos”, denunciou Sandrina Rodrigues, da Associação de Pais.

Ora, a vereadora da Educação, Lídia Dias, recordou que em Março a DGEstE sugeriu ao município “algumas alterações” e lembrou que “durante dois anos não se registaram matrículas” na escola do Coucinheiro. Lídia Dias referiu ainda que a 28 de Junho, durante uma reunião com o presidente da Junta de Freguesia de Palmeira, a Directora do Agrupamento, e a Associação de Pais, terá ficado decidido que “os alunos seriam matriculados em bloco na escola Bracara Augusta”. Agora, no entanto, a vereadora assegura que “tudo está em cima da mesa” e que o município está “aberto a outro entendimento”, desde que as 24 crianças, duas delas com necessidades especiais, sejam separadas em duas turmas.

Os pais alertam ainda que a escola Bracara Augusta “tem menos condições” e que ficará “sobrelotada” caso estas crianças sejam transferidas.