Paulo Rangel pede demissão imediata de Dijsselbloem
O Partido Popular Europeu exigiu esta terça-feira a demissão do presidente do Eurogrupo, o holandês Dijsselbloem. A iniciativa partiu do vice-presidente do grupo PPE, mas foi subscrita por todos os deputados do grupo europeu do PSD e por um vasto grupo de deputados de várias delegações. Um dos subscritores é o eurodeputado português Paulo Rangel que, em declarações à RUM, frisou que este documento “eleva para um novo patamar a pressão exercida sobre o presidente do Eurogrupo”.
“Este é um passo muito importante para criar uma pressão enorme sobre o senhor Dijsselbloem para que ele se demita. A partir do momento em que colocámos a questão no patamar das famílias políticas europeias, isto tem um efeito muito forte”, considerou o eurodeputado.
Rangel diz que o presidente do Eurogrupo não pode continuar a “assobiar para o lado” perante as declarações que proferiu e sublinha que este “patamar mais elevado de pressão” pretende avisar o presidente do Eurogrupo que “não se pode afastar as consequências políticas” depois das “declarações infelizes e graves”.
E por isso, o PPE, pede que Dijsselbloem abandone o cargo imediatamente. “Pretendemos que ele saia o mais depressa possível porque não pode um responsável europeu dizer isto e ficar no lugar. Não aceitaríamos isto de um dirigente europeu e, por isso, não admitimos que seja o próprio presidente do Eurogrupo a fazê-lo”, afirmou.
Recorde-se que Paulo Rangel foi das primeiras vozes em Portugal a pedir a demissão do presidente do Eurogrupo e é, também, dos primeiros subscritores da carta enviada esta terça-feira ao socialista, Jeroen Dijsselbloem. O texto exige, para além da demissão, pede um pedido formal de desculpas pelas recentes declarações, nomeadamente quando referiu que “os países do Sul gastam todo o dinheiro com copos e mulheres”.
