PCP apela à mobilização popular contra fecho de balcões

O PCP quer que que as populações locais se manifestem contra o encerramento dos balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD). Os comunistas afirmam que se está a afastar o banco público das populações locais e que, ao mesmo tempo, se está a abrir a porta aos bancos privados.
Recorde-se que a CGD divulgou, na passada semana, a lista de 61 balcões a fechar em todo o país e, em Braga, os balcões de Gualtar e Merelim fazem parte dessa listagem de agências.
Carla Cruz, deputada comunista eleita pelo distrito de Braga, pede agora mobilização das populações locais porque “a recapitalização da CGD não pode ser pretexto para enfraquecer a respostas, serviço e banca pública”. “Apelamos a que a população, os próprios trabalhadores da CGD se mobilizem e que lutem contra este encerramento para que este não se verifique o que levará à destruição de postos de trabalho”, afirmou a deputada que lembrou que, em casos idênticos, esta acção local já teve os seus frutos: “Quem não luta é que não alcançará os seus objectivos. E a luta tem conduzido à paragem de paragem de muitos processos. Importa recordar que noutros concelhos e noutros distritos, a luta das populações, dos autarcas e trabalhadores impediu que fosse para a frente a intenção de encerramento e manteve-se a agência aberta”.
A deputada considera que esta medida adoptada pela Caixa Geral de Depósitos é, acima de tudo, prejudicial para as populações locais porque se está “a vedar o acesso ao banco público” e que “vai dificultar a vida à população idosa e aos serviços e às pequenas e médias empresas que estão situadas junto a esses balcões”.
As palavras de Carla Cruz, deputada comunista eleita pelo círculo eleitoral de Braga, ela que, juntamente com o deputado do PCP Paulo Sá dirigiram duas questões ao Ministério das Finanças no sentido de perceber se o Governo mediu o impacto do encerramento das agências de Gualtar e Merelim, em Braga.
