PCP diz que mandato em Braga fica aquém das expectativas

O PCP considera que ficou muito por cumprir, agora que estão volvidos três anos de mandato da coligação PSD/CDS-PP à frente dos destinos da Câmara de Braga.

Esta manhã de quinta-feira, em conferência de imprensa, Carlos Almeida, vereador comunista, frisou que há muitas promessas que não saíram do papel e espera agora que, em ano autárquico, o executivo avance para alguns projectos que já deveriam estar concretizados há mais tempo. “Em três anos, apenas uma obra concluída. Com todos estes anúncios para o ano eleitoral – empreitadas nas escolas – está bom de ver o que vai acontecer”, sublinhou Carlos Almeida que referiu que “a desculpa do desbloqueio das verbas comunitárias era uma desculpa recorrente do PS”. O vereador comunista lembra que “a Câmara de Braga encaixou algumas verbas que podiam ter permitido a execução de obras” ao longo deste mandato, uma posição que não foi tomada e que os comunistas lamentam, dando exemplo dos 3 milhões de euros recebidos pelo “caso das Convertidas”.

Carlos Almeida acusou o executivo de “deitar a toalha ao chão” em muitas das promessas que fez em campanha eleitoral, apesar de frisar, como aspecto positivo, o trazer para discussão pública alguns assuntos de interesse para o município. Há “uma certa sensação de ar renovado sentido pelos bracarenses”, explicou o vereador.

“Fala-se dos assuntos e problemas, fazem-se visitas, descentralizam-se reuniões, há uma nova imagem para passar ideia de abertura, mas na prática os problemas estão por resolver”, referiu o vereador que disse que “muito pouco foi concluído ou foi atingido naquilo que eram os objectivos desta maioria” numa acção governativa autárquica que classificou como sendo “muito aquém das expectativas criadas pela população”.

O PCP deu exemplos do que não foi feito em Braga e criticou a não concretização do parque verde das Sete Fontes, os muitos destinos apontados para a Fábrica Confiança, a falta de capacidade para a dissolução da SGEB, o desleixo e incúria no acompanhamento à gestão do estacionamento pago à superfície e a não redução do IMI e das taxas municipais.

“Miguel Bandeira tem sido um absoluto desastre”

Olhando para o executivo camarário, Carlos Almeida teceu duras críticas à actuação do vereador do urbanismo, Miguel Bandeira: “Na tutela dessa pasta tem sido, por muito que custe reconhecer ao presidente da Câmara e ao próprio, um absoluto desastre. Se calhar eram onde estavam criadas as maiores expectativas e onde estão agora criadas as maiores decepções”.

Sobre a sua acção enquanto vereador na oposição, Carlos Almeida não tem duvidas de que o seu trabalho tem sido “positivo”, de tal forma que possa “reclamar com autoridade o lugar de liderança na oposição à maioria de direita na Câmara Municipal”.

“Estamos satisfeitos porque entendemos que cumprimos com os nossos compromissos com uma postura empenhada e de acompanhamento regular da acção municipal”, assumiu o vereador que lamentou “as limitações” de ter apenas um vereador sem qualquer apoio e/ou remuneração no exercício das funções. 

Ainda assim, e para alargar a sua base de actuação, o vereador do PCP pediu “confiança” aos bracarenses no sentido de haver um aumento de votação na CDU para que o partido “possa crescer” e reforçar as posições nos órgãos municipais.

Daniel Silva
Daniel Silva

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