PCP: “Subcontratação na Mabor viola princípios da igualdade”

Muito baixo, muito pesado. Segundo o PCP, estes são dois dos factores que a Continental utiliza para recusar trabalhadores. O Partido Comunista endereçou uma pergunta ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre a contratação de trabalhadores por parte da empresa Continental, onde questiona o organismo sobre a legalidade das medidas aplicadas.

Segundo o Partido Comunista, é “inadmissível que a contratação de muitos trabalhadores seja recusada com base em critérios como a altura, índice de gordura corporal e daltonismo”. O grupo parlamentar critica os critérios utilizados por aquela empresa de Famalicão para admitir funcionários, alegando que tais análises não premitem avaliar as competências de uma pessoa enquanto funcionário.

O grupo parlamentar do PCP quer que o Governo trave este método utilizado pela empresa sedeada em Famalicão. Os comunistas questionam a legalidade de um recursos que “viola o princípio da igualdade no acesso ao emprego”. Segundo a deputada eleita pelo círculo de Braga, Carla Cruz, há muito que a fábrica recorre à subcontratação de trabalhadores através da empresa de trabalho temporário Multitempo. “É lamentável que uma empresa que factura milhões por ano actue desta forma”, frisa.

A empresa de produção de pneus fechou 2017 com um volume de negócios de 878 milhões de euros e lucros de 211,57 milhões. É a empresa mais exportadora do concelho de Famalicão e a quarta que mais exporta a nível nacional.  A fábrica de base alemã exportou 98% da produção para 67 países, investiu mais de 62 milhões de euros no último exercício, contratou 168 trabalhadores e fechou o ano com 2038 trabalhadores.