Plano de integração de migrantes aprovado com reparos

O executivo bracarense aprovou esta segunda-feira por unanimidade o Plano municipal para a integração de migrantes 2018-2020, mas com alertas da oposição.

Os socialistas consideram o plano da autarquia “deficiente” e sugerem um gabinete de apoio com informação detalhada e universal face aos pedidos frequentes dos que chegam a Braga.

Já a CDU não entende porque é que o plano que devia estar a ser executado desde 2018, “apenas agora tenha sido sujeito a votação”. Carlos Almeida considera que se trata de um instrumento “valioso que pode ajudar na definição das políticas públicas”, mas não entende o timing desta aprovação. Já depois da reunião e em declarações à imprensa local, o comunista explicou que o diagnóstico “está a alterar com muita velocidade”, nomeadamente no que diz respeito às escolas “com a necessidade de integração de novos alunos que chegam todos os meses”. Carlos Almeida refere que este é um dos indicadores do aumento de migrantes em Braga, que “devia obrigar a uma monitorização do plano de forma muito constante e permanente”, o que não acredita que esteja a acontecer porque o plano só agora está a ser aprovado. O vereador comunista defende uma monitorização acompanhada de “medidas com tempo que pudessem ajudar a uma melhor integração das comunidades”. “Falta organização,  estratégia e uma acção integrada que permita dar uma resposta que as comunidades precisam quando vêm viver, trabalhar ou estudar para Braga”, concluiu.

O vereador aconselha a Câmara Municipal de Braga a “recuperar o tempo perdido” e a “preparar já o próximo plano”.

“É um plano deficiente”, dizem os vereadores socialistas

Já os socialistas acusam a autarquia de colocar em marcha um plano “deficiente”. Helena Teixeira refere que o gabinete no balcão único “não dá o suporte necessário”. Os socialistas consideram que o município “não ajuda nos aspectos mais importantes para o dia a dia. “Fazem encontros de culturalidade e de promover a integração, mas não promovem e não ajudam nas dificuldades do dia a dia de quem quer viver e trabalhar no concelho”, atiram.

Helena Teixeira refere que as maiores dificuldades “passam pelas vagas nas escolas, sobretudo do centro, o acesso ao arrendamento a custos controlados, assim como processos de legalização, acesso ao mercado de trabalho”. 

Dando nota que chegam famílias inteiras, o documento devia ser mais activo e “saber encaminhar para os diversos serviços e informar”. “As pessoas não sabem como se dirigir, em que termos se têm de dirigir e que documentação devem ter”, acrescenta a vereadora socialista que defende ainda que o gabinete de apoio deve ter todas as respostas.


“Plano é o corolário do que o município tem vindo a fazer” – Vice-presidente CMB

Firmino Marques refere que a aprovação do plano apenas um ano depois não significa que o trabalho não esteja a ser desenvolvido de forma contínua. O vice-presidente refere que este plano é “o corolário do que o município tem vindo a fazer com as comunidades migrantes. Recordando o plano de 2015-2017, Firmino Marques destaca formações como o curso de português, além da constituição de instituições de apoio que têm sido determinantes para envolver, apoiar e integrar, nomeadamente a comunidade brasileira, a que mais tem crescido em Braga nos anos mais recentes. 

O vice-presidente da câmara de Braga deu ainda nota do apoio aos empreendedores que têm chegado a Braga, interessados em impulsionar os respectivos negócios no concelho e na região. “Estamos cá para ajudar e estimular empresas que possam ter sucesso”, atirou, assegurando que o novo plano “já está a ser trabalhado”.

Elsa Moura
Elsa Moura

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