Professores pedem “respeito” e reivindicam direitos

Esta manhã, dezenas de professores concentraram-se em frente ao FORUM Braga onde esta semana decorre a conferência internacional “Making Learning Meaningful”, organizada pela Casa do Professor.

A universitária conversou com o representante do STOP – Sindicato de todos os Professores, João Martins que lembrou algumas das reivindicações que os professores querem que sejam ouvidas pelo poder central. “Nós estamos aqui para dar a conhecer à opinião pública a reposição do tempo de serviço, a questão do tempo de reforma para os professores, a renovação dos quadros, porque as nossas escolas estão envelhecidas”, começou por referir. Cerca de 60% dos professores em função têm mais de 50 anos, e João Martins alerta ainda para a falta de recursos nas escolas portuguesas. Situações que “colocam em perigo os alunos”,  alertando para o caso do Ensino Especial, com poucos funcionários para os acompanhar.

João Martins, assim como outros professores que marcaram presença nesta manifestação, garantem que a classe docente “não tem sido bem tratada” pelo Ministro da Educação e das Finanças. 

Com um cartão vermelho , Rui Barroso, professor numa escola em Joane, defende que a profissão de docente deve ser reconhecida como “uma profissão de desgaste” e lamenta que os professores continuem a não ser ouvidos pelo Governo, exigindo a progressão na carreira.

Maria José Machado, docente na escola de Palmeira, em Braga, está também indignada. Refere que o Ministro “não está a ter em conta que há colegas que vincularam em 2011 e que estão a passar à frente de outros docentes que vincularam em 2005”, como é o seu caso. Terá de esperar por 2020 para passar para o segundo escalão “enquanto colegas que entraram em 2011 já vão passar ou já conseguiram passar para esse escalão”, explica. A docente pede “respeito” pela profissão, quer da parte da opinião pública, quer da parte do Governo.

Para esta noite, pelas 21h00, está marcada uma nova manifestação junto à Casa do Professor, que deverá contar com docentes que estiveram a assegurar os serviços mínimos durante o dia de hoje.