Programa europeu de solidariedade atrai jovens portugueses

Foi apresentado esta terça-feira, no Theatro Circo, o programa Corpo Europeu de Solidariedade, lançado pela União Europeia há cerca de dois anos, com o intuito de promover novas políticas de juventude e mobilizar 100 mil jovens em projectos de voluntariado e solidariedade à escala europeia, até 2020.

Dirigido a jovens entre os 17 e os 30 anos, o programa abrange essencialmente três eixos.

“Este é um programa que visa apoiar toda a vontade solidária dos jovens europeus, quer seja em projectos de voluntariado nacional ou transnacional, em países europeus”, explicou Luís Alves, director da Agência Erasmus + Juventude em Ação.

Além disso, continuou, “apoia a mobilidade em projectos solidários, mas em contexto profissional, quer sejam estágios profissionais remunerados ou contratos de trabalho, efectivos ou com pelo menos um ano de duração, em outros países europeus”.

Mas o Corpo Europeu da Solidariedade “apoia também o espírito de iniciativa de grupos informais de jovens, independentemente de estarem ligados a uma qualquer entidade, que vão poder desenvolver projectos na comunidade local, no sentido de dar resposta a problemas que entendem que a sua comunidade tem”.

As inscrições só terminam a 16 de Outubro, mas em Portugal já se inscreverem cerca de cinco mil jovens. “Portugal é o país da União Europeia com o maior número de inscrições de jovens no Portal Europeu do Corpo Europeu de Solidariedade, o que nos coloca muito acima de qualquer outro país numa análise proporcional à dimensão geográfica”, adiantou Luís Alves.

Na sessão de apresentação marcaram presença essencialmente associações juvenis, que participaram em sessões de formação e esclarecimento sobre o programa.

Para Luís Alves, “são essas organizações que mobilizam a capacidade de intervenção de jovens e vão desempenhar um papel fundamental na implementação do programa no futuro”.

Até 2020, a União Europeia apoia com cerca de “400 milhões de euros” o programa Corpo Europeu de Solidariedade.

Portugal recebe, nesta primeira fase, até 16 de Outubro, 1,5 milhões de euros. Para 2019 está previsto um financiamento de cerca de 3 milhões de euros. 

*Por Liliana Oliveira