Queda de muro: Estudantes absolvidos pelo Tribunal de Braga

Os estudantes acusados de homicídio por negligência na queda de um muro em Gualtar foram absolvidos pelo Tribunal de Braga. A sentença foi lida ao início da tarde desta quarta-feira. O caso remonta a 2014 e ocorreu junto à Universidade do Minho, numa acção de praxe, que provocou a morte de três estudantes da academia minhota.
Depois de ouvidas várias testemunhas, o Tribunal de Braga concluiu que não seria possível o cidadão comum prever a queda da estrutura. Não ficou provado que os quatro arguidos, estudantes de Engenharia Informática, saltaram no muro.
De acordo com a sentença, apesar de o muro com caixas de correios mostrar sinais de degradação desde 2012 e de ser notória a sua inclinação, os estudantes não poderiam prevêr que as suas acções provocariam a queda da estrutura.
João Lemos, advogado de defesa do arguido João Miguel Afonso, falou ao jornalistas numa decisão justa, “muito bem fundamentada”. “Foi feita justiça. O João Miguel Afonso está contente com a decisão”, referiu. Para o advogado, foi um julgamento “complicado”, “principalmente por os arguidos serem tão jovens e terem vivido com uma sensação de nada poderem fazer para ajudar os colegas”, disse.
Segundo o Tribunal de Braga, não havia razões para condenar os alunos por homicídio por negligência porque “não se pode evitar o que não se pode prever”, apesar de se tratarem de “acontecimentos inolvidáveis” para os estudantes envolvidos. O caso remonta a 2014 e provocou a morte de três alunos da Universidade do Minho.
