Rating municipal português não é da Ordem dos Economistas

Afinal o Rating Municipal Português revelado na semana passada não é da Ordem dos Economistas.
A ordem demarca-se do estudo apresentado depois de um pedido de esclarecimento enviado pelo presidente da Câmara Municipal de Guimarães (CMG) que disse não compreender que o município vimaranense surgisse como um dos dez piores concelhos do país em critérios como desenvolvimento económico e social.
Na reunião de câmara de ontem o assunto gerou grande discussão com a coligação juntos por Guimarães a referir que os resultados desse mesmo estudo revelavam a falta de estratégia do município.
Ora, o vereador do desenvolvimento ecomómico sublinhou que Guimarães “tem conseguido desde 2013 diminuir a despesa e aumentar o investimento”. Ricardo Costa, ainda sem a resposta da ordem dos economistas, já questionava a credibilidade do estudo. “Estudos há muitos e mais importante que os estudos são os factos. Há factos indesmentíveis: desde Outubro de 2013 a CMG pagava a 45 dias e fechou 2018 com um prazo medio de pagamento em 16 dias. Factos também são que a câmara em 2013 tinha uma dívida a médio e longo prazo na ordem dos 70 milhões de euros e tem agora uma dívida de médio e longo prazo na ordem dos 30 milhões de euros, ou seja, amortiza anualmente cerca de 6 milhões de euros. Outros factos são que a CMG desde 2013 até 2018 investe cerca de 30 milhões de euros em despesas de investimento”, resumiu.
Entretanto, esta sexta-feira num comunicado enviado às redacções, a Câmara Municipal de Guimarães transcreve na integra o esclarecimento da Ordem dos Economistas, dando nota de que apenas disponibilizou um espaço e todas as condições ao associado para que apresentasse os resultados da tese de doutoramento que realizou.
Comunicado disponibilizado pelo município de Guimarães
Esclarecimento emitido pela Ordem dos Economistas, para o devido tratamento jornalístico:
“Nos últimos dias, vários meios de comunicação social referiram-se, de forma inexacta, ao evento onde foi apresentado um estudo sobre o rating municipal (com base em tese de doutoramento) de um membro desta Ordem dos Economistas.
Tal obriga-nos a esclarecer que, desde a sua criação, esta Ordem dos Economistas tem procurado facultar aos seus membros condições logísticas para que estes apresentem, aos membros e ao público, as suas obras, em especial quando estas versem sobre temas de ciência económica, sem que, como é evidente, tal represente esta Associação Pública Profissional qualquer co-autoria sobre os conteúdos divulgados, que só vinculam os respectivos autores.”
