Recomendação conjunta da esquerda rejeitada na AM

PS, CDU e BE pediram a retirada da votação da alienação da Confiança na Assembleia Municipal desta quinta-feira, mas a recomendação conjunta foi chumbada com 43 votos contra, 30 votos a favor e uma abstenção.

Os partidos à esquerda apelaram a que o tema baixasse à Comissão Especializada da Educação e Cultura, Desporto e Juventude, sem votação do ponto previsto, a fim que se aprofundassem e organizassem um conjunto de discussões, debates e intervenções.

João Granja, deputado municipal do PSD, começou por lembrar que a decisão de alienação do imóvel resulta da

“falta de fundos disponíveis”. Recordando que o espaço se encontra parado há muitos anos e que sofreu “actos de vandalismo e destruição”, Granja explicou que “o PSD subscreve a justificação de Ricardo Rio, de que não há fundos comunitários ou fundos perdidos para a reabilitação do espaço”.

O PSD lembrou ainda o caderno de encargos elaborado para a hasta pública, rejeitando a análise negativa dos que o criticam. “Vamos passar a uma nova fase da vida da Confiança. As cláusulas impostas vão criar condições para a reabilitação daquele espaço. Há um trabalho de diálogo entre a junta de S. Victor, e todos os que se interessam pela problemática”, notou. “Não pactuaremos com o comportamento da geringonça local quando não tem ideias para preencher a agenda política”, continuou.


Bárbara Seco, deputada municipal da CDU começou por lamentar “o total desrespeito” do PSD. Disse ainda que a maioria de direita “não quis ouvir” a opinião de cidadãos comuns, ex-trabalhadores, investigadores da área ou docentes. “Só olham para os seus interesses e não quererem ouvir mais nada ou mais ninguém”, alertou.


“Pode ler o caderno de encargos quantas vezes quiser que a salvaguarda nunca será a mesma como se se mantivesse”, avisou também a deputada comunista. “Não tenho esqueletos trazidos de lado nenhum. Em 2013 esta coligação já conhecia as facturas, assim como as dívidas”, acrescentou a deputada da CDU que terminou acusando o PSD de “desonestidade intelectual e política”.


António Lima, deputado do BE começou por referir que “o estado de abandono da Confiança é culpa do executivo municipal”, uma vez que “as associações culturais querem lá estar”. O bloquista foi mais longe denotando que “quem está no poder não faz nada por acaso” e que “o espaço é apetecível para muita gente”.

O socialista João Nogueira também tomou da palavra para sublinhar que a recomendação “pretende apenas uma análise profunda do que podem ser ganhos ou perdas com a Confiança”, defendendo que “deveria dar-se a voz a quem confiou nesta maioria e a um consenso muito alargado que nunca existiu nas assembleias municipais. “Dar a voz a todos é o mínimo que se pode pedir”, disse. “É um fato feito à medida”, rematou.

Elsa Moura
Elsa Moura

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem
Prova que és humano e escreve RUM no campo acima para enviar.
Rádio RUM em Direto Logo RUM
NO AR Rádio RUM em Direto Próximo programa não definido
aaum aaumtv