Residências.Reitor sensibiliza Alumni, autarquias e empresas

A Universidade do Minho está a sensibilizar as autarquias de Braga e Guimarães, antigos estudantes e empresários para que apoiem na resolução do défice de alojamento universitário com que se confronta actualmente. O constante aumento do número de alunos de fora do distrito de Braga e a subida de preços no alojamento local resultaram numa lotação da capacidade nas actuais residências universitárias da instituição.
Em Guimarães, a autarquia já se manifestou disponível para a ajudar com a cedência de um edifício nas imediações do campus de Azurém, que terá de ser requalificado. Em Braga, apesar das conversações, ainda não foi encontrada uma solução.
Ontem à noite, em entrevista ao programa campus Verbal da RUM, o reitor Rui Vieira de Castro explicou que a instituição está preocupada em resolver rapidamente o flagelo de falta de alojamento acessível para os alunos da academia minhota, reiterando que as autarquias onde a UMinho se insere também devem estar conscientes da importância deste tema. “A autarquia de Guimarães está em negociações para que seja cedida a posse de um edifício, resolvido este problema há um outro problema que é o de recuperação do edifício”, começou por explicar. Rui Vieira de Castro admite que o referido edifício deverá contar também o apoio externo, através do programa de fundraising, sublinhando que a UMinho está também a sensibilizar as autarquias para estas questões até porque “as cidades têm muito a ganhar com a fixação desses estudantes”.
Apesar de reconhecer que a UMinho “não pode abdicar de encontrar as soluções construtivas”, a instituição de ensino superior espera através da campanha de fundraising “encontrar financiamento para a construção de pelo menos uma residência”, disse.
O governo lançou um programa de apoio tendo em vista o alojamento para universitários direccionado para a recuperação de edifícios. Ainda assim, a UMinho não tem qualquer imóvel que possa responder ao regulamento daquele programa. “Em Guimarães não temos nenhum edifício com essas características, em Braga, o edifício que temos é o da Rua do Castelo, mas não preenchemos um requisito que é o de sermos proprietários de pelo menos 50% do edifício”, esclareceu.
O reitor disse ainda que que as instituições de ensino superior, e em particular a UMinho foram “apanhadas de surpresa” com a mudança de paradigma. “Há não muitos anos era necessário telefonar ou perguntar aos estudantes se não estavam verdadeiramente interessados em ocupar espaços disponíveis nas residências”, mas hoje “o cenário alterou-se de uma forma radical”, referiu. Rui Vieira de Castro referiu, sobretudo, o caso de Braga, cidade que “tinha habitações a preços muito acessíveis para os estudantes”.
Áudio:
Rui Vieira de Castro sobre o alojamento universitário
