Rio Este. Carlos Almeida sugere encerramento de condutas

O vereador da CDU, Carlos Almeida, sugere o encerramento de condutas que não estejam a ser utilizadas exclusivamente para águas pluviais. Em causa os mais recentes episódios de descargas ilegais no Rio Este. 

Esta segunda-feira, à margem da Reunião de Câmara de Braga o assunto foi trazido à discussão por aquele vereador.

“Não é mais um caso isolado de poluição do Rio Este, que infelizmente tem sido vítima há décadas desse tipo de situações. Foram três casos muito recentes em que o rio foi muito mal tratado. Foi vítima de acções criminosas, aparentemente, mas pode também haver aqui uma certa negligência na forma de como o rio é tratado. Queremos perceber aquilo que a Câmara tem feito ou aquilo que irá fazer, porque ao longo destes cinco anos já ouvimos várias iniciativas por parte do munícipio”, alertou.

O vereador da CDU lembrou a deteção dos focos de poluição, identificação das condutas de águas residuais, a robotização do sistema de fiscalização, entre outras, como acções referidas pelo executivo, apontando que “na verdade nenhuma destas medidas tem vindo a resultar”.

“Se não se consegue identificar e garantir que uma conduta de águas pluviais, é só de águas pluviais, então que a conduta deixe de encaminhar as suas águas para o rio. É dificil identificar os pontos de milhares de prédios, de milhares de actividades económicas, de indústrias que supostamente deviam encaminhar águas limpas para o rio. Então a conduta não pode continuar a fazer essas descargas, senão estamos condenados a ter um rio sujo, peixes mortos e uma situação ambientalmente desagradável”, sublinhou ainda o vereador comunista.

Na opinião da CDU,  a autarquia pode fazer mais para resolver este problema.

Recorde-se que no passado dia 23 de Agosto o Rio Este sofreu a pior descarga dos últimos seis anos. Os autores do crime ambiental não foram identificados pelas autoridades. Entretanto, na semana passada, o curso de água voltou a sofrer várias descargas, ainda que de menor impacto.

*Por Gonçalo Sales