Rotunda da autoestrada. CMG “não pode definir datas”

A passagem por túnel continua a ser preferência do autarca de Guimarães, Domingos Bragança, para o desnivelamento da rotunda de Silvares. Esta semana, a Infraestruturas de Portugal avançou com uma avaliação às condições sísmicas do solo, o que levou a coligação Juntos por Guimarães a questionar o autarca pelos prazos da obra, na reunião municipal desta quinta-feira.
Aos jornalistas, Domingos Bragança admitiu que a Câmara avaliou a possibilidade de assumir a obra. “O presidente da Infraestruturas de Portugal chegou a mesmo a dizer-me que esta obra é da empresa e é da sua responsabilidade executar a obra”. O líder da empresa, António Laranjo, terá pedido “paciência” ao autarca. “O presidente sabe que estou impaciente, mas eu disse-lhe que apenas estou impaciente porque os vimaranenses também estão impacientes”.
O presidente vimaranense continua a preferir a opção do túnel ao invés do viaduto. “Da minha proposta, do que tenho falado com o presidente da Infraestruturas de Portugal, tenho dado sempre preferência que seja em passagem inferior, sem prejuízo da melhor solução”, referiu.
O autarca espera que a obra fica concluída em 2019, mas lembra que ninguém pode definir datas concretas, “porque o procedimento de concurso de obra pode ter incidentes de vários concorrentes, ou o projecto pode não corresponder ou não estar completo”, avisou.
O vereador André Coelho Lima, da coligação Juntos por Guimarães, deixou várias questões ao autarca, lembrando que, em Outubro, na campanha eleitoral, o Partido Socialista anunciou que o projecto de desenivelamento estava “em execução”. “Quase um ano depois, somos informados que as Infraestruturas de Portugal vão fazer um estudo sísmico. Quisemos perceber para que é necessário o estudo, quanto tempo vai fazer demorar mais a obra e quando é que verdadeiramente arranca”, explicou.
André Coelho Lima lamenta ainda que a Câmara não tenha assumido a obra, sendo esta da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal. “Em Outubro, dizíamos que íamos resolver em 12 meses o que não foi resolvido em 12 anos. O Presidente de Câmara disse hoje, pela primeira vez, que disse às Infraestruturas que, se não avançassem com a obra, a própria Câmara o faria. É isso que a autarquia quer fazer, por exemplo, nas obras do Hospital. Era essa a nossa proposta”, recordou.
Áudio:
O assunto foi discutido entre o autarca Domingos Bragança e o vereador André Coelho Lima.
