“Rui Ferreira não pediu demissão. Presidente da CMB decidiu”

“Quem decidiu a saída de Rui Ferreira da associação de festas foi precisamente o presidente da Câmara”, garante Carlos Almeida.

Depois de esta semana a RUM ter noticiado, em primeira mão, a saída de Rui Ferreira da presidência da associação de festas de S.João e a sua substituição por Firmino Marques, o município emitiu, dias depois, um comunicado onde apontava “razões pessoais” para o afastamento do agora ex-presidente. Comentador da CDU desmente. Recorde-se que quando a Universitária anunciou a saída de Rui Ferreira, a autarquia não se quis pronunciar sobre o assunto. O próprio presidente da associação de festas também não. Dois dias depois surgia a confirmação num breve comunicado onde eram apontadas razões do foro pessoal, alegando que Rui Ferreira quis sair.

No programa Praça do Município deste sábado, o comentador do PCP e também vereador, afirmou que Rui Ferreira “não pediu a demissão” e que “nem há sequer razões do foro pessoal para que o tivesse feito”.

“É o presidente da Câmara que exonera o presidente da associação de festas. E isto é grave que tenha acontecido nestes termos, porque seria importamte que os munícipes pudessem conhecer as reais razões que levaram o presidente da Câmara a tomar esta decisão, mas também é grave porque o município veicula informação falsa quanto às verdadeiras motivações que levaram a esta alteração na presidência da associação de festas de S.João”, acrescentou Carlos Almeida.

Além disso, o deputado do PCP relembra que a escolha de Rio na recondução de Firmino Marques para o cargo “é uma opção política”, que, em outros tempos foi criticada pelo próprio. “Ricardo Rio e o PSD, criticaram na altura em que era o Partido Socialista maioria na Câmara ter escolhido precisamente o vice-presidente (Vítor Sousa)  para a presidência da comissão de festas. Acusavam (o PS) de falta de transparência, diziam que havia uma ligação umbilical que levava a que fizesse daquilo um palco político. Hoje, estranho que tomem a mesma opção”, alertou o comentador comunista.

O vereador desconfia também que a equipa se altere. “Provavelmente vamos ver outros elementos dos órgãos sociais da associação de festas, por solidariedade, a demitirem-se”.

Carlos Almeida diz ainda que “já não era de agora o mau-estar” entre Ricardo Rio e Rui Ferreira, relembrando “as eleições autárquicas de 2017″. “Rui Ferreira foi confrontado com o afastamento da candidatura à Junta de Freguesia de S. Lázaro e S. João do Souto, a tentativa de afastar as festas de S. João do próprio FORUM Braga, a própria participação do Rui nas eleições do SC Braga e algumas incompatibilidades com alguns dirigentes do PSD”, atirou.

Granja acusa Carlos Almeida de fazer da situação um processo político


“O Carlos está a fazer disto um processo político e acho que não tem base para este tipo de comentários”, confrontou João Granja durante o programa deste sábado. O comentador do PSD disse ainda que se Rui Ferreira não concordasse com os motivos anunciados no comunicado enviado pelo município já se tinha pronunciado.

Durante o Praça do Município João Granja deixou elogios a Firmino Marques. “Julgo que o nome de Firmino Marques parece-me óbvio, porque é uma pessoa que está ligada ao sector, à vida da cidade e pode substituir Rui Ferreira com idêntica qualidade e com motivação pessoal para desenvolver um excelente trabalho”, apontou.

Jorge Cruz avisa que Associação de Festas de S. João “não é democrática desde o início”


Jorge Cruz, comentador ligado ao PS, relembra que “Ricardo Rio sempre criticou o facto do anterior vice-presidente (socialista) ser o presidente da associação da Associação de Festas, porque o mediatizava e lhe dava notoriedade”. “Será que estão a lançar o Firmino para candidato da Coligação?”, questionou Jorge Cruz. “Acredito mais em Carlos Almeida do que em Ricardo Rio e outro ponto que me dá vontade de sorrir foi o facto de o presidente da Câmara o ter exonerado no dia de S.Valentim”, ironizou.

Para o comentador “a associação de festas não é democrática desde o início”. “Numa associação cada sócio tem um voto e o que acontece é que a Câmara tem poderes para nomear os presidentes. Nao faz muito sentido numa associação”, considerou. “Se é como o Carlos diz, a exoneração nao é grave, porque a Câmara tem competência para isso segundo os estutos, o que é grave é exonerar e dizer que não foi exoneração. Isso é gravissímo”, rematou.

Alguns sociais democratas queriam o afastamento de Rui Ferreira


Recorde-se que nos anos mais recentes era notório algum desconforto. A RUM sabe que nos bastidores vários sociais democratas se opunham a que fosse Rui Ferreira, um independente ainda que apoiante da coligação Juntos por Braga, a presidir a esta estrutura nomeada pelo município.

Entre as últimas divisões constam, no ano transacto, as mudanças no exterior do FORUM Braga com a Feira Popular, com muitos comerciantes do sector a exigir o “regresso à normalidade”, situação que afastou Rui Ferreira da posição assumida, na altura, pela administração da InvestBraga cujo rosto ainda era Carlos Oliveira.

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira

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