S. Lázaro apela à resolução do futuro do S. Geraldo
A União de Freguesias de S. Lázaro e S. João do Souto fez um apelo à Arquidiocese de Braga para que se pronuncie, com alguma urgência, sobre o andamento das obras no S. Geraldo. Recorde-se que a nova sede da Junta será instalada no edifício do “Pé Alado”, que se encontra imediatamente ao lado do antigo espaço cultural bracarense.
Agora, João Pires, presidente da União de Freguesias, garantiu à RUM que este apelo “não se trata de um ultimato” à Arquidiocese, proprietária do edifício. “Tem havido dificuldades no licenciamento do projecto e estamos neste dilema. Primeiro teríamos a sede em 2016 e agora prometeram-nos o mês de Julho. Estamos a dois meses de Julho e as pessoas interrogam-se sobre se temos ou não sede”, disse o autarca que garantiu que “se não houver resposta vão avançar para outras opções”.
“Precisamos que nos digam se as coisas avançam no sentido daquilo que a União de Freguesias precisa, ou então teremos de adoptar um outro espaço, que já temos identificado, para que tenhamos uma sede ainda neste mandato que termina a 1 de Outubro”, esclareceu.
João Pires pronunciou-se ainda sobre o movimento “S. Geraldo Cultural” que defende uma utilização do espaço enquanto infra-estrutura cultural. O autarca disse que “só depois da Junta manifestar o interesse em lá se instalar é que começaram a surgir as polémicas em torno do edifício”. “A partir de Maio de 2014 até há uns meses atrás ninguém falou no S. Geraldo. O S. Geraldo está assim há 20 anos e nunca ninguém se manifestou contra o seu estado”, frisou.
“Ainda bem que a Arquidiocese vai lá instalar a União de Freguesias porque, no estado em que o edifício está, é uma vergonha para a cidade de Braga”, concretizou.
O presidente do executivo local esclareceu que no “Pé Alado” será possível “garantir uma prestação de serviços com qualidade e eficiência e, ainda, disponibilizar de espaços a ceder a algumas associações sem sede própria”.
Conclui João Pires que “se assim acontecer, volta-se a afirmar que o emblemático S. Geraldo deixará de ser um dos exemplares do nosso património edificado que nos envergonha a todos.”
