S.Vicente luta para travar fecho do balcão da CGD

O presidente da Junta de Freguesia de S.Vicente, Jorge Pires diz estar “indignado” com o encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na freguesia. Na sua óptica o banco onde a junta tem a sua conta, número um nesse balcão, está a demonstrar uma enorme “falta de respeito” pelos 14 mil vicentinos.

“Não podemos pactuar com a administração da CGD. Tem fechado balcões como que a recorrer a uma régua e esquadro, é uma falta completa de respeito pelas pessoas. Esta medida tem um enorme impacto na nossa freguesia que é maior que muitos concelhos do nosso país”, alertou.

O presidente da Junta de Freguesia de S.Vicente acusa os administradores de apenas olharem a números. Muitos dos vicentinos são idosos, com dificuldades em utilizar novas tecnologias, vendo-se obrigados a deslocarem-se até ao balcão da Avenida Central, sobrelotando as instalações, referiu ainda aquele autarca.

Na conferência de imprensa desta quarta-feira à tarde marcaram presença o líder da bancada da CDU, Simão Vilaça, e o deputado do Bloco de Esquerda, José Coimbra, que apresentaram, uma vez mais, as respectivas moções sobre esta temática, que foram aprovadas por unanimidade na Assembleia de Freguesia de São Vicente a 21 de Junho. Nos documentos demonstram “o mais vivo repúdio” pelo encerramento deste balcão, considerando que esta medida “apenas vai beneficiar a banca privada, aumentar o tempo de espera na agência central da cidade de Braga e prejudicar a população, principalmente, a mais envelhecida e de menores recursos sociais”. Para além disso, recordam que a recapitalização da Caixa foi feita com dinheiro dos contribuintes, que deveriam ser “tratados com mais respeito”. 

Os documentos foram enviados para a Administração da Caixa Geral de Depósitos, para o Primeiro Ministro e Assembleia da República. Recorde-se que o encerramento do balcão da CGD de S.Vicente acontece no final do mês de Junho.