SC Braga solidário faz renascer o que o fogo matou

António Salvador deu o mote a uma manhã diferente no Centro de Solidariedade de Braga/Projecto Homem. Com ele chegaram dois autocarros ocupados pelas formações masculina e feminina do SC Braga. Aqui, no alto da Falperra, entre as árvores sem folhas que o fogo levou, vê-se Braga. O processo de reflorestação desta área, demorado, começou logo após o fatídico dia 15 de Outubro de 2017. Dia de massacre para a natureza daquela zona, difícil para os bracarenses, comunidade que tardará em esquecer as chamas que nunca lavraram com tanta intensidade nesta cidade. Pela comunidade, o SC Braga “não podia” ficar alheio “em auxiliar a cidade numa causa social tão nobre”, dizia António Salvador aos jornalistas.

O presidente arregaçou as mangas, pegou na pá e, entre risos, avisava: “Agora é que me vão chamar agricultor”. De presidente para presidente, Ricardo Rio também assumiu as escavações, seguido de D. Jorge Ortiga e dos atletas, Mateus, Marcelo Goiano, Wilson Eduardo e Laura Luís. “Nós temos uma responsabilidade social para com o próximo. Não é só dentro das quatro linhas que se vê a grandeza do clube”, frisa o presidente arsenalista.

Aqui não entram polémicas com o homólogo do Sporting CP, Bruno de Carvalho, nem suspensões do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. “Hoje não é dia para falar disso. O importante é falar neste momento. Era bom que outros clubes se juntassem a estas causas para termos um país melhor”.

Para o Centro de Solidariedade de Braga/Projecto Homem, a visita dos craques bracarenses vai ser registada, física e mentalmente. Dentro de algumas horas, junto à entrada do edifício, será colocada uma placa para nunca esquecer que no dia 22 de Janeiro ali esteve, com as mãos na terra, a comitiva do SC Braga. O presidente Guilherme Meneses lembra que “sem o Braga solidário não seria possível reflorestar cerca de um héctar” levado pelo fogo. Não seria fácil, até porque os meios que disponham para o efeito “eram insuficientes”. A zona era de eucaliptos, mas agora ficará ocupada por cerca de 500 árvores de diferentes espécies: limoeiros, castanheiros, laranjeiras. O trabalho de meses, que começou horas depois do dia 15 de Outubro, entre revolver o terreno e retirar todas as raízes, deve ficar concluído até ao final da semana.

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Paulo Costa
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