Selecção de Rope Skipping 100% minhota quer título europeu

O Europeu de Rope Skipping vai realizar-se em Braga este ano e a selecção portuguesa, constituída, por enquanto, apenas com atletas da região minhota, está a trabalhar com a convicção de conquistar o primeiro título europeu para o país e “interromper” o ciclo do país com mais títulos conquistados na modalidade, a Bélgica. A modalidade é praticada com uma corda, mas requer outras exigências para quem conhece este objecto tradicional. Acrobacias, saltos em equipa, colaboração de vários atletas no mesmo salto são exemplos do que se faz no rope skipping, uma modalidade que associa o saltar à corda a acrobacias e sincronização com música.

O campeonato europeu foi apresentado esta manhã, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Braga, uma das autarquias que tem acompanhado com mais atenao a evolução e promoção da modalidade, segundo explicou o organizador do evento. O evento decorrerá de 25 de Julho a 31 no Pavilhão da Universidade do Minho. Envolve treze selecções da Europa. Serão cerca de 650 participantes e a organização, pelos contactos recebidos, estima a presença de meio milhar de apoiantes europeus.

A região do Minho tem “particular tradição” nesta modalidade e é a que conta com mais atletas. A experiência é determinante no momento de constituir uma selecção, daí a selecção portuguesa (24 atletas) que se apresenta neste europeu ser representada apenas por atletas minhotos.

“Temos neste momento mais duas grandes zonas de prática – Leiria e Lisboa – mas como começaram mais tarde , os atletas ainda não têm um desenvolvimento tão grande como os atletas daqui. Temos mais atletas e com mais qualidade”, começou por explicar Nuno Dias, responsável pela organização do evento. “A grande esperança está nos masculinos e estamos a trabalhar para isso”, respondeu, a propósito da luta pelo título europeu.

Carlos Freitas, atleta natural de Guimarães, é actualmente uma das referências da modalidade em Portugal. Praticante de Rope Skipping em Braga há nove anos, no Colégio João Paulo II, o atleta que enfrentou o preconceito para praticar a modalidade, referiu os treinos mais intensos, os bons resultados e alguns títulos como importantes neste percurso cujo objectivo final passar por vencer o europeu pela selecção e na cidade de Braga, representantiva do crescimento da modalidade no país.

A participar estão equipas femininas, masculinas e mistas, mas é na selecção masculina que se concentra a grande esperança. Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Rope Skipping “há dois tipos de escalões a concurso: os masters (escalão máximo, a partir dos 15 anos), e os youth (entre os 12 e os 15 anos).

O europeu conta com o apoio do IPDJ de Braga. No momento da apresentação, que decorreu esta manhã na Câmara Municipal de Braga, o presidente do IPDJ, Vítor Dias referiu o facto desta modalidade “associar a tradição à modernidade”, mas destacou, sobretudo, a necessidade de promover a prática desportiva. “Tudo o que podermos fazer para desenvolver a actividade nas crianças e nos jovens é essencial”, defendeu o presidente do IPDJ, instituição que tem acompanhado e apoiado financeiramente a modalidade nos últimos anos. “É muito gratificante apoiar, mais uma vez em Braga, já no prenuncio daquilo que será a cidade europeia do desporto no próximo ano”, acrescentou.

Sameiro Araújo, vereadora com o pelouro do desporto, reconheceu a importância da competição para dar a conhecer a modalidade de rope skipping, promovendo, em simultâneo, o turismo de desporto. Segundo a responsável, no próximo ano Braga quer dar o salto, levando a modalidade à população com actividades de promoção nas ruas. “Iremos trazer grandes eventos, quer de alto nível, quer de iniciação, de recriação, porque também nos interessa dinamizar esta prática”, assegurou aquela responsável, que prometeu o rope skipping na rua no próximo ano, para fazer crescer a modalidade na cidade.

No nosso país, as primeiras referências a esta modalidade remontam a 2002. Apesar da prática estar presente em cidades de norte a sul de Portugal, o Minho é o ‘principal fabricante’ de atletas desta modalidade, femininos e masculinos.

Elsa Moura
Elsa Moura

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