Silva “entusiasmado” em tocar para público da UMinho

Esta noite será uma dupla estreia para o artista brasileiro, Silva, uma vez que nunca actuou em Braga nem para um público universitário. O músico olha com “curiosidade” para o ambiente que irá encontrar esta noite, no último dia do Enterro da Gata.
No entanto, os palcos portugueses não são uma incógnita para o intérprete de “Fica Tudo Bem”. Recorde-se que Silva já tocou nos festivais Vodafone Paredes de Coura e Sol da Caparica. Para o artista, o público português é “animado e educado”, principalmente, nas músicas mais calmas.
“As pessoas aqui fazem silêncio quando tocamos uma música mais lenta. No Brasil isso é raro, e muitas vezes temos de optar por não tocar essas canções”, explica o cantor. Num jeito bastante luso, “sem puxar a brasa à sardinha”, o artista garante que o “público português é dos melhores”.
Para descrever o concerto desta noite, Silva optou por citar um poeta brasileiro. “A alegria é a prova dos nove e a tristeza o meu porto seguro”, ou seja, os bracarenses podem esperar uma performance repleta de “mensagens positivas”, “divertida” e cheia de “amor”.
Algumas curiosidades sobre o alinhamento.
Silva confessa que este será “um grande concerto”. No alinhamento está garantida a presença do hit “Fica Tudo Bem”.
Para o palco minhoto, o artista traz na sua mala temas de cantores brasileiros como “Marisa e Caetano”. Sendo que neste momento, a cidade dos arcebispos conta com uma comunidade brasileira cada vez maior. Silva não tem dúvidas que o espectáculo será um “jogo ganho”.
A antítese da arte e da política.
Ser artista é ter a capacidade de transmitir uma mensagem em cada letra e melodia de um álbum. Sem cometer nenhuma injustiça, Silva destaca o tema “Duas da Tarde” como aquele que mais o marcou.
Composta em plena época pré-eleitoral, o artista fez um paralelismo entre o momento negro a nível político e uma mensagem, característica nas suas músicas, que remetem para um estado de espírito positivo.
“Brasileiro” é “louvor” à identidade brasileira.
Pode parecer “nacionalista”, no entanto, o título do mais recente álbum de Silva, intitulado de “Brasileiro” tem um significado totalmente distinto.
Em declarações aos jornalistas, no Altice FORUM Braga, o artista recorda que esteve numa escola de música em Tóquio, no Japão, onde inúmeras pessoas conheciam a música brasileira. No entanto, no seio do país sul americano, a realidade era distinta. “Tudo o que é de fora é melhor, muitas pessoas não tinham conhecimento da cultura brasileira”, refere Silva. “Brasileiro” é nada mais nada menos que uma crítica ao país e a si mesmo. Nas palavras do cantor, um verdadeiro “louvor” à identidade brasileira, combatendo assim a globalização.
O único nome internacional do cartaz do Enterro da Gata diz estar “lisonjeado” com o público português que tem demonstrado um grande “apoio”, sendo que todos os concerto têm vindo a esgotar rapidamente.
“Espero voltar a Portugal, quero muito voltar a tocar aqui!”, afirma o cantor.
Áudio:
Silva deixa uma mensagens aos fãs portugueses. Para ouvir aqui na RUM.
