Taxa turística. CDU pede estudo económico-financeiro

O vereador da CDU voltou esta segunda-feira a pedir um estudo económico-financeiro à Câmara Municipal de Braga tendo em conta a aplicação da taxa turística já a partir do segundo semestre. 

É a segunda vez que Carlos Almeida alerta para a necessidade de analisar de forma mais pormenorizada o que está a acontecer na cidade de Braga do ponto de vista turístico e o que representará a aplicação desta taxa neste contexto territorial. 

Na reunião de câmara desta segunda-feira, a propósito da aprovação para a abertura de consulta pública do regulamento da taxa municipal turística de Braga, o vereador da CDU justificou o pedido com a necessidade de “conhecer com rigor a análise da actividade turística no concelho”.

“Queremos perceber esses indicadores, queremos perceber também eventuais impactos que a criação da taxa pode ter na actividade turística e gostaríamos que a CMB tivesse como principal preocupação diminuir e aliviar a pressão que a actividade turística causa na cidade, nomeadamente nos equipamentos, no espaço público e junto dos moradores do centro histórico”, justificou. 


A CDU não se opõe à aplicação da taxa, mas entende que “há também uma contradição”, uma vez que o pelouro apresenta como justificação para a aplicação da taxa “a canalização de verbas para a promoção de Braga” e, por outro lado, o presidente diz que as receitas “vão ser usadas para diminuir a pressão exercida pela actividade turística”. “Não estou tão seguro quanto o presidente quando diz que Braga quer e precisa de insistir nesta lógica de atracção turística a todo o custo”, defende, alertando para o exemplo de excesso de turistas nas cidades de Lisboa e do Porto.


“Receita não pode ser usada apenas para promover a marca Braga” – Artur Feio

Os socialistas também concordam com a aplicação da taxa, mas referem que o município tem de assegurar que o valor arrecadado vai ser investido na preservação e requalificação do património e manutenção do espaço público.

Artur Feio apela a que o dinheiro seja usado “para benefício directo do município e não apenas para promoção da marca Braga”.

Receitas vão ser dirigidas para três dimensões, assegura Ricardo Rio

O presidente da autarquia, Ricardo Rio, assegura que as receitas da taxa turística vão ser dirigidas para três dimensões. “Necessitamos de continuar a desenvolver o esforço de promoção, julgamos que temos de continuar a ter a mesma dinâmica de investimento e de concretização de iniciativas e eventos que justifiquem a atracção de muitos visitantes à cidade, e julgamos também que a presença de turistas na cidade acarreta custos e encargos que obrigam a câmara municipal a alargar os trabalhos de manutenção e de conservação da cidade”, resumiu o autarca.

A aplicação da taxa municipal está prevista para o segundo semestre deste ano.

Áudio:

Carlos Almeida, Artur Feio e Ricardo Rio

Elsa Moura
Elsa Moura

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