“Temos arriscado e revelado muitos nomes” – Paulo Brandão

Bateu recordes em 2018, correu riscos, e nos próximos anos não vai ser diferente. Paulo Brandão, Director Artístico do Theatro Circo confessa, em entrevista à RUM, que a identidade da sala de espectáculos vai manter-se.
Paulo Brandão afirma que o ano passado “foi o melhor ano a nível de público, a nível de receitas e na diversidade maior dos eventos que realizou”. Pela sala de espectáculos passaram 101 mil espectadores. “São factos que nos deixam felizes”, reconhece.
“Temos feito projectos bastante arriscados e que têm tido muito público, temos também revelado muitos nomes a nível internacional em diversas áreas”, nomeadamente na música, dança e performance, refere, acrescentando que a sala de espectáculos recebeu artistas que “não são do conhecimento de grande público, mas que têm impacto, trazem público e que depois acabam por circular”. Benjamin Clementine estreou-se no Theatro Circo e este ano vai regressar a outros espaços do país (e também a Braga) durante a sua tour, exemplificou, recordando ainda o caso de Rosalía que “neste momento é um nome gigante em Espanha e é um dos nomes gigantes do Primavera Sound este ano”.
Já a preparar a programação de 2020, Paulo Brandão refere que o próximo ciclo de piano, em Maio, o “Respira!” tem cinco nomes e “nenhum deles é conhecido do grande público”. Ainda assim, “pela qualidade que o Theatro Circo tem vindo a apresentar, o público vai aparecer, vai arriscar”, acredita.
O Theatro Circo “tem sabido marcar a diferença”, diz o programador que dá o exemplo ainda de Conan Osiris, “um fenómeno” recente em Portugal, que tocou pela primeira vez no Theatro Circo e mais um nome na lista “de risco” de Paulo Brandão que já acreditava que o artista “iria mexer com as pessoas, para umas negativamente, para outras positivamente”.
Áudio:
Paulo Brandão sobre os números do Theatro Circo e a estratégia que tem sido seguida na programação
