Trabalhadores dos TUB voltam a parar esta sexta-feira

Vão voltar a parar os Transportes Urbanos de Braga. Esta sexta-feira, foi lançado um pré-aviso de greve para que os trabalhadores integrem uma manifestação nacional que vai decorrer em Lisboa. Os motivos prendem-se com as horas extraordinárias cumpridas, a actualização e subida dos salários e a progressão na carreira.

A manifestação é convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) e Baltazar Gonçalves, da direcção regional de Braga, salientou que, em causa nesta acção de luta está a “recuperação do poder de compra, a valorização das profissões e as carreiras e o descongelamento das progressões”.

“Desde 2010 que não somos aumentados e temos 30% dos trabalhadores que ganham 557 euros, ou seja, as duas posições remuneratórias da nossa tabela já foram engolidas pelo salário mínimo nacional”, considerou o sindicalista em declarações à RUM.

Para Baltazar Gonçalves a falta de progressão na carreira é evidente no município bracarense onde “qualquer trabalhador que vá para o mundo do trabalho ganha mais do que um trabalhador que trabalhe há 15 anos na Câmara de Braga”. “Temos de dar a volta a isto e esta é a altura ideal para que o STAL se manifeste na rua face a esta situação, porque não podemos andar aqui com salários miseráveis”, considerou.

O dirigente sindical explica que é necessário combater uma “imagem errada” que está criada em torno dos funcionários públicos nas autarquias locais. “Julgam que ganham rios de dinheiro, mas aqueles que trabalham na rua, a varrer, nas águas e no saneamento trabalham por 557 euros e isso não podemos tolerar”.

Em relação à paralisação de sexta-feira, Baltazar Gonçalves espera uma “boa adesão” de trabalhadores, ainda que sinta que alguns destes estão resignados com a situação. Para o sindicalista, o Governo tem um papel essencial a desempenhar, dado que pode avançar para “uma alteração legislativa”. “Se o PS vir, em Novembro ou Dezembro, que as sondagens são favoráveis, não vamos ter aumentos em 2018”, sublinhou o sindicalista que frisou, ainda assim, “o melhor ar que respiram os trabalhadores em relação ao tempo do PSD”. “Ainda assim não é suficiente e o que temos recuperado é muito lentamente”, concluiu.

Daniel Silva
Daniel Silva

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