UM e Conservatório instalam-se no Teatro Jordão em 2018

Está aprovado o início de procedimento para a abertura do concurso público para a requalificação do Teatro Jordão e da Garagem Avenida, em Guimarães. A maioria socialista aprovou a proposta em reunião municipal, o vereador da CDU votou contra e os vereadores do PSD abstiveram-se. O vereador do CDS, António Monteiro de Castro, não participou na votação.
A obra de requalificação prevê a instalação, no local, do Conservatório de Guimarães e a Escola de Música e Artes Performativas e Visuais da Universidade do Minho. A base de licitação é de cerca de 12 milhões de euros e a obra poderá estar concluída em 2018.
A sala de espectáculos do Teatro Jordão terá, quando a obra estiver concluída, 400 lugares. O espaço original tinha 1200. Para o vereador da CDU, Torcato Ribeiro, trata-se da “destruição” da obra original, daí o voto contra. “O espaço foi adquirido pela Câmara pelo seu valor afectivo, mas também arquitectónico, por muito que se queira negar. A partir do momento que adquire o espaço, a Câmara tem que o conservar ou, pelo menos, não o destruir”, assinalou.
Ricardo Araújo, do PSD, criticou o “timing” da proposta, tendo em conta as eleições autárquicas que acontecem em Outubro. “Estamos a favor da requalificação, daí nao termos votado conta. Mas estamos a cinco meses das eleições e não se justifica ter-se perdido todo este tempo. É propaganda e condiciona o futuro de Guimarães, tendo em conta que não se sabe quem ganhará as eleições e, desta forma, fica condicionado o projecto a implementar no Teatro Jordão”, criticou.
Na resposta, o vereador da cultura, José Bastos, explicou que só no mês de Abril foi aprovado o projecto por todas as entidades. “Foi necessário um concurso público e um projecto, que foi aprovado há relativamente pouco tempo por todas as entidades”, explicou. “Guimarães fica a ganhar com o novo projecto que dá resposta efectiva à formação académica do Ensino Superior”, garantiu.
O autarca Domingos Bragança justificou a demora no processo tendo em conta a complexidade do projecto. “Não tem que ver com calendário eleitoral, caso contrário a obra teria que estar pronta em Agosto ou Setembro. A verdade é que este edifício teve desenvolvimentos muitos complexos”, justificou.
