UM: Fungicidas estão a desequilibrar ecossistemas aquáticos

O investigador Bruno Castro, do Centro de Biologia Molecular e Ambiental da Universidade do Minho, está a realizar um estudo que pretende demonstrar o impacto negativo de substâncias químicas em albufeiras e lagos e ecossistemas. Sustentando o trabalho na fronteira entre a ecologia e a toxicologia, o cientista combina abordagens de laboratório e de campo, no sentido de avaliar como as comunidades aquáticas reagem às mudanças ambientais induzidas pela acção humana. 

À RUM, Bruno Castro refere que o estudo “se baseia em olhar para alguns compostos que são utilizados como fungicidas na agricultura e para sistemas biológicos complexos, que incluem sempre dois modelos, ou seja, mais do que uma espécie. Neste caso, trabalha-se com modelos hospedeiros parasita e modelos de decomposição e, como estes modelos envolvem fungos aquáticos, verifica-se que os processos destes fungos são afectados por alguns compostos fungicidas”.

Tendo como referência pequenos crustáceos existentes nas albufeiras que desempenham um papel central nas teias tróficas e na transparência da água, o biólogo tem trabalhado com um fungo que invade a massa corporal destes crustáceos, causando-lhes dano e reduzindo a sua esperança de vida. “As substância químicas que são utilizadas na agricultura e que vão ter como destino sistemas aquáticos perturbam a dinâmica natural dos habitats”.

Inês Marinho
Inês Marinho

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