UMinho cria modelo que calcula progressão do cancro da mama

Uma investigadora da Universidade do Minho (UM) criou um modelo matemático que calcula a progressão do cancro da mama e a sobrevivência das doentes.
Ana Borges, douturada da Escola de Ciências é a responsável pelo modelo inovador nesta área, que foi conseguido através da base de dados de doentes com cancro da mama no Hospital de Braga.
O modelo “analisa simultaneamente a probabilidade de sobrevivência das pacientes e a progressão do marcador tumoral que é medido ao longo do tempo. Se for acima de um certo valor os médicos ficam alerta para uma possível recaída”, começou por explicar à RUM, Ana Borges.
Um modelo inovador nesta área, isto porque consegue modelar dois processos em simultâneo. De acordo com a investigadora “mais à frente o médico consegue prever a probabilidade de sobrevivência da paciente através das características do tumor”. Por exemplo, em Braga “é alta a probabilidade de sobrevivência”, especificou.
Ana Borges realçou o apoio do Hospital de Braga através da cedência de dados de pacientes com cancro da mama. Foi possível “recolher todo o tipo de informação destas pacientes” e só assim “foi possível construir este modelo”. A investigadora realçou o trabalho “conjunto” entre Universidade do Minho e Hospital de Braga até pelo facto de terem sido estudadas, desta forma, as pacientes de Braga uma vez que em Portugal estes estudos são praticamente inexistentes e os indicadores do país, regra geral, “são baseados em estudos norte americanos ou do norte da Europa”.
O modelo matemático valeu a Ana Borges o Prémio da Sociedade Portuguesa de Estatística, atribuído anualmente para fomentar a investigação levada a cabo por jovens cientistas da área.
A pesquisa, intitulada “Modelação conjunta de dados longitudinais e de sobrevivência de cancro da mama”, foi desenvolvida no âmbito da sua tese de doutoramento, sob coordenação da professora Inês Sousa.
