UMinho estima arrecadar 10 milhões de euros em doações

Até 2020 a Universidade do Minho (UM) estima arrecadar 10 milhões de euros em doações. Era uma das possibilidades com a passagem da academia minhota a fundação pública, que aconteceu em 2016, e é neste espaço temporal, até 2020, que a instituição prevê angariar 10 milhões de euros.

A passagem a Fundação é um dos momentos mais marcantes de António Cunha enquanto reitor, e esta quarta-feira, no balanço de oito anos de trabalho, explicou a importância deste apoio. Referindo que poderão ser dois milhões de euros por ano até 2020 e recordando que o orçamento anual da UMinho está entre os 130 e os 140 milhões de euros, o reitor defendeu que “não vai resolver o problema financeiro da instituição” e que se trata de uma ajuda que “não tem expressão quando comparada com outros países”. Ainda assim, é um apoio “importante” para qualquer instituição de ensino superior, que precisa sempre de mais financiamento.

António Cunha lembrou que várias pessoas singulares se têm manifestado disponíveis para ajudar a academia minhota, optam por investir na instituição de ensino superior em prol do seu crescimento e para assegurar a finalidade daqueles valores monetários.

UMinho deveria receber 165 milhões de euros por ano, por via do Orçamento de Estado – António Cunha

A Universidade do Minho funciona através de três fontes de receitas principais: orçamento de estado, financiamento comunitário e receitas próprias com propinas e contratos directos. No plano nacional, e em termos relativos, a UMinho é aquela em que o peso do orçamento de estado é menor. Algo explicado pelo reitor com o facto de a academia minhota ser “capaz de conseguir financiamento alternativo com mais sucesso”. “É algo que nos orgulha muito”, disse o reitor, explicando que, mesmo no contexto de subfinanciamento e relativamente a outras universidades, a UMinho, que recebe 160 milhões de euros por ano, “deveria receber cerca de 10% mais”.