UMinho estuda influência humana no funcionamento dos transportes

O projecto SAFEWAY arrancou em Setembro passado e conta, além da Universidade do Minho, com a colaboração da Infraestruturas de Portugal mas também de universidades de Itália, Holanda, Reino Unido ou Noruega. O SAFEWAY tem um custo de 5 milhões de euros e é financiado pelo programa Horizonte 2020.
O coordenador do projecto na Universidade do Minho, o professor José Campos e Matos, do departamento de Engenharia Civil da Escola de Engenharia da UMinho, adianta que a investigação pretende “desenvolver ferramentas e tecnologias, para a gestão de transporte rodoviário e ferroviário, tendo em conta os riscos naturais e humanos”.
Os riscos humanos identificados, exemplifica o responsável, são “o terrorismo ou os fogos, que muitas vezes não são de origem natural”. E apontou um outro, mais infame: o suicídio nas linhas de comboio. “O suicídio é um risco de origem humana: para a infraestrutura pode não ter grandes consequências, mas obriga a parar uma linha ferroviária e isso acarreta custos enormes económicos e sociais”.
José Campos e Matos revela que a investigação já logrou soluções para mitigar os riscos. “Ainda temos de conhecer, psicologicamente e socialmente, a origem dos riscos humanos mas já desenvolvemos barreiras que podem ser colocadas em zonas críticas das linhas para prevenção”.
