UNorte e Escola de Psicologia com licenciatura conjunta

A criação de uma licenciatura comum em parceria com o consórcio UNorte, constituído pela Universidade do Minho, Universidade do Porto e a Universidade de Trás-os-Monstes e Alto Douro, assim como a importância da investigação científica foram alguns dos pontos destacados na celebração dos 10 anos da Escola de Psicologia.
O presidente da Escola de Psicologia, que tomou posse este ano, no mês de Janeiro, começou por adiantar algumas informações, aos microfones da RUM, sobre a licenciatura. Miguel Gonçalves garantiu que o consórcio está “aberto” a esta possibilidade: Uma licenciatura “equivalente” entre as três academias que irá permitir segundo o presidente “uma maior mobilidade dos estudantes, uma espécie de Erasmus no norte”. Deste modo, quando um estudante se licencia na UMinho ficará também “titulado pela Universidade do Porto e a UTAD”, explica.
Miguel Gonçalves sublinha que esta é uma oportunidade de “crescerem em conjunto, em vez de competirem”.
Já o reitor da Universidade do Minho preferiu destacar o laboratório colaborativo, “liderado pela Escola de Psicologia”, que trabalha em parceria com os municípios da região. Rui Vieira de Castro louvou este compromisso da escola em trabalhar a “pobreza e a exclusão social com foco na criança”. O responsável máximo da academia minhota frisou também a elevada “captação de projectos e financiamento”, o que faz do Centro de Investigação da Escola de Psicologia, o “quinto maior da UMinho”.
Escola de Psicologia caminha para contar com mais investigadores que docentes a leccionar
O presidente da Escola de Psicologia mostrou-se preocupado com o facto de, neste momento, a escola contar com 21 docentes e 11 investigadores contractados. Miguel Gonçalves referiu que nos últimos dez anos a escola apenas contractou “um docente de carreira”, o que na sua óptica pode provocar “constrangimentos sérios na oferta educativa de grande qualidade” que a escola disponibiliza. Valorizar o treino de competências práticas é um dos objectivos, ou seja, a Escola de Psicologia ambiciona mais que uma oferta educativa de “papel e lápis”, declarou o presidente.
O reitor da instituição de ensino superior, que tem vindo a analisar este fenómeno, classificou a mesma como “atípica”. Rui Vieira de Castro acredita que o “número de investigadores vai crescer exponencialmente”, no entanto não acredita que a situação se vá generalizar a outras escolas da UMinho.
Maior desafio da Escola de Psicologia são os mestrados
Miguel Gonçalves apontou as “reformas curriculares” como a maior dor de cabeça para 2019. O presidente explicou que pensar em “novos projectos educativos” que tragam novas respostas ao fim dos mestrados integrados vão implicar alterações nas licenciaturas e doutoramentos.
Escola de Psicologia quer mais espaço físico na UMinho
Em resposta ao pedido do presidente da escola, o reitor explicou que a Universidade do Minho ultrapassa um grande problema, não de falta de espaço mas sim de “uma política pouco eficaz de gestão territorial”.
Áudio:
Declarações do presidente da Escola de Psicologia, Miguel Gonçalves, e do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro.
