Via dedicada ao Avepark mais próxima de ser realidade
A construção de uma via dedicada ao Avepark está mais próxima de ser uma realidade em Guimarães. A autarquia vimaranense aprovou, esta quinta-feira, um acordo nesse sentido com a Infraestruturas de Portugal, a empresa que gere as estruturas ferroviárias e rodoviárias portuguesas, e o Governo. O acordo, aprovado em reunião municipal, prevê a criação da ligação ao parque de ciência e tecnlogia, tendo como prioridade o desnivelamento do nó de Silvares.
O autarca Domingos Bragança espera que, dentro de três meses, o contracto entre as duas entidades esteja concluído. O presidente da Câmara vimaranense lembrou que disse, na presença do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que é “fundamental” o desnivelamento do nó de Silvares. “E vai acontecer”, garantiu. Domingos Bragança explicou que “quando, depois da obra, se percorrer a via com relativa facilidade, não faz sentido chegar a Silvares e ficar congestionado”.
A discussão pública está concluída e, para a construção da via, a Câmara só aceitará propostas das entidades envolvidas, como a Infraestuturas de Portugal e o Ministério do Ambiente.
A coligação Juntos por Guimarães votou contra o protocolo celebrado entre a autarquia e o Governo. André Coelho Lima justifica o voto dizendo que não concorda com o trajecto definido. O social-democrata explicou que o voto foi contra a via e não contra o desivelamento da rotunda de Silvares, “que apenas surge no protocolo como uma intenção”, lembrou. “Continuo a achar chocante que o concelho que se candidata a Capital Verde Europeia defina um traçado de ligação a uma zona empresarial que rasga zonas de cultivo, que são reserva agrícola e reserva ecológica”, acrescentou.
O candidato à Câmara Municipal de Guimarães pela Coligação diz considerar também “chocante” que a nova via não beneficie os moradores das freguesias envolventes. “Vai gastar-se 18 milhões de euros de dinheiro público, seja da administação nacional ou local, e as pessoas que vivem em Ponte, ou nas Taipas, por exemplo, continuarão a ter os mesmos problemas para vir à cidade”, lamentou.
