Vitrus pode ser a responsável pelo transporte flexível

Domingos Bragança admite a hipótese de ser a Vitrus a empresa municipal responsável pelo transporte flexível em Guimarães. O transporte flexível prevê um serviço com itinerários, paragens e horários variáveis. A modalidade é vista por especialistas como uma solução eficiente para zonas de baixa densidade.

O presidente da câmara vimaranense já tinha avançado com a hipótese Vitrus no passado mas agora confirma que a empresa municipal que actualmente gere os resíduos urbanos e a limpeza na cidade, ao alterar o estatuto, pode ser a responsável pelos transportes públicos na periferia. 


A hipótese é igualmente vista como uma boa solução por Álvaro Costa, autor do estudo do novo modelo dos transportes, que admite que além da gestão dos transportes na periferia, vê na Vitrus um recurso eficiente na fiscalização de toda a rede concelhia. O especialista em transportes salvaguarda, ainda assim, que ainda há arestas a limar no projecto, lembrando a inclusão da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Ave na rede periférica.


Nas linhas urbanas, Domingos Bragança admite a concessão a privados, pelos elevados custos associados ao maior número de rotas no centro da cidade (actualmente os transportes urbanos estão concessionados aos TUG). 


Orçamento de 3 milhões para esbater diferenças de tarifários

Para combater as diferenças entre os habitantes do centro e da periferia o município vai, além da modalidade do transporte flexível, utilizar verbas do orçamento municipal para diminuir o preço dos tarifários a quem habita nas freguesias. Será, por isso, a autarquia a definir o preço da bilhética: a medida de diminuição do valor do bilhete, atentendo aos preços actuais do mercado, vai custar 3 milhões de euros por ano aos cofres do município (o valor também integra a aquisição de novas viaturas eléctricas). O Governo deverá, ainda assim, custear em 500 mil euros para apoiar a medida, através de verbas atribuídas à Comunidade Intermunicipal (CIM) do Ave.


Para o vereador da coligação Juntos por Guimarães António Monteiro de Castro os 3 milhões representam um valor obrigatório para “esbater as diferenças” entre os vimaranenses habitantes do centro e os vimaranenses da periferia.  


Domingos Bragança assinala que o valor trata-se de um esforço do município em melhorar a coesão territorial, adiantando que os maiores descontos vão incidir sobre jovens e idosos.

O município de Guimarães apresentou esta semana o novo modelo de transportes no concelho. A rede vai contemplar, ao que tudo indica, um modelo misto em que os transportes na cidade vão ser concessionados e o transporte na periferia vai ser da responsabilidade da Vitrus. A câmara municipal vai ainda ter o encargo na aquisição das novas viaturas, todas movidas a energia eléctrica. No total, o esforço financeiro camarário estará na ordem dos 3 milhões de euros anuais.

Áudio:

Vitrus é vista como a solução ideal para gerir o transporte público em Guimarães em zonas periféricas

Pedro Magalhães
Pedro Magalhães

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