“What now?” Encontros da Imagem arrancam em Braga

A 29ª edição dos Encontros da Imagem começa com um fim-de-semana repleto de inaugurações na cidade de Braga, onde tudo aconteceu pela primeira vez há mais de trinta anos, pelas mãos, entre outros, de Carlos Fontes, ele que depois de um período afastado, regressou à direcção desta associação cultural bracarense. De forma convicta, o Director afirma que o Festival Internacional de Fotografia e Arte não é apenas de Braga ou do quadrilátero, onde chegou nos anos mais recentes. “É do Norte e pode dar mais alguns passos, ainda que necessite de outro tipo de apoios”, diz. 

Braga (11), Barcelos (1), Guimarães (2) e Porto (4) são as cidades com exposições na edição de 2019. Este ano Famalicão não entra no roteiro, mas o director espera poder vir a inaugurar numa próxima edição nesta cidade. 

O sonho, a curto/médio prazo, é ver fotografia durante um mês e meio em qualquer espaço de cultura das cidades do Norte do país. Serralves é um dos espaços para onde a organização espera levar a fotografia na data redonda: as trinta edições dos Encontros da Imagem, já em 2020.

Mas, “E agora?/What Now?”

A partir desta sexta-feira, 13 de Setembro, há exposições de fotografia espalhadas pelos espaços culturais da cidade de Braga. No Museu da Imagem e na Galeria do Paço, da Reitoria da Universidade do Minho estão as exposições mais importantes de 2019.

No total, a edição deste ano conta com 32 exposições espalhadas por espaços das cidades de Braga, Guimarãs, Barcelos e Porto.

E porquê este tema? A Direcção dos Encontros quer alertar para o que se passa no Mundo, a vários níveis: ambiente, relações do trabalho, política, liberdade, direitos humanos, igualdade, marginalização. “Foi curioso que esta chamada pública a nível mundial teve uma recepção que ultrapassou as nossas expectativas. Recebemos um conjunto de trabalhos que abordaram todas estas áreas e outras”, começa por confessar o Director dos Encontros.

Reconhecendo que a arte “sempre existiu para trazer ao de cima muitas questões”, Carlos Fontes considera que nos dias de hoje a fotografia e a imagem “trazem ao real coisas para as quais não havia uma percepção tão visível”. “A imagem tem hoje essa vertente de nos alertar para o presente ou para um passado, para nos fazer reflectir sobre o que serã o futuro”, continua.

Até 27 de Outubro, além das exposições e dos prémios, os Encontros apresentam outras actividades, como conferências, projecções, um ciclo de cinema e um serviço educativo.

O PROGRAMA 

A inauguração oficial acontece na Galeria do Largo do Paço, no sábado às 14h30 com NicK Hannes, Alessia Rolo, Anais Boileau, António Privitera, Felipe Jacome, Johanna-Maria Fritz e Sebastian Sardi. Segue-se um périplo pela Casa dos Crivos, Fonte do Ídolo e Museu da Imagem, onde se encontra a exposição central, da autoria de Bryan Schutmaat. “É grande pela sua dimensão, mas também pela qualidade e pelo nome. Faz um trabalho muito pessoal sobre os mineiros e sobre a vida que é levada por estes trabalhadores, fazendo um enquadramento geográfico e ambiental e alertando para todas estas questões”, explica Carlos Fontes.

Antes disso, ainda esta sexta-feira estão agendadas as primeiras inaugurações no gnration, Museu Nogueira da Silva, Rossio da Sé e Juno.

No domingo o dia começa no Mosteiro de Tibães, pelas 14h30, com a inauguração das mostras de Nelson Miranda, Antonio Pérez, Felipe Romero Beltrón, George Selley, Mariya Kozhanova e Schore Mehhrdju. Para as 16h00 está previsto o regresso ao centro da cidade, ao Museu D. Diogo de Sousa para a abertura das exposições de Fátima Carvalho, Dustin Thierry, Sina Niemeyer e Vírginia Rota, seguindo a performance de Ana Maria com o Violino de Vladimir Omeltchenko.  A tarde termina com a apresentação do livro “O Mundo ao Princípio”.

Além das exposições, O Festival Internacional de Fotografia e Arte conta com actividades como conferências, projecções, um ciclo de cinema e serviço educativo.

Entre as novidades estão o ciclo de cinema com filmes relacionados com a temática, mas também acções ao ar livre. Porque a fotografia “deve estar no espaço público”, para a primeira sexta-feira está agendada uma projecção no Rossio da Sé, a partir das 23h30, seguindo-se uma pequena festa. Haverá outras ao longo do mês no Largo do Paço e noutros espaços ao ar livre, se as condições climatéricas assim o permitirem.

ONDE ENCONTRAR AS EXPOSIÇÕES DOS ENCONTROS DA IMAGEM NAS RESTANTES CIDADES?

BRAGA – Museu da Imagem, Nova Galeria do Largo do Paço, gnration, Museu Nogueira da Silva, Casa dos Crivos, Fonte do Idolo, Juno, Museu D. Diogo de Sousa, Escola de Medicina, Mosteiro de Tibães

BARCELOS – Galeria do Teatro Gil Vicente

GUIMARÃES – Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura; B-LOUNGE DA UMINHO

PORTO – Mira FÓRUM; IPCI, Galeria Salut Au Monde! e Galeria Adorna Corações.

Toda a informação sobre os Encontros da Imagem 2019 está aqui

Elsa Moura
Elsa Moura

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