2017, um “ano dourado” para a Casa das Artes de Famalicão

2 filmes-concerto, 138 sessões e 14 mil espectadores. Entre as propostas semanais do cineclube de Joane, a segunda edição do Close-Up e as respetivas réplicas, bem como a programação do “Cinema Paraíso”, são estes os números que marcaram a programação cinematográfica de 2017 na Casa das Artes de Famalicão.
Números que representam um trabalho de “continuidade e coerência” com propostas para todos os gostos, com películas de autor, sem esquecer os filmes mais comerciais destinados “ao grande público”. Vitor Ribeiro, responsável por esta programação, falou com orgulho à RUM sobre estes dados e explicou que “não há nenhum Teatro Municipal fora dos grandes centros do Porto e Lisboa que tenha tantas sessões de cinema e com uma grande diversidade”.
Ainda assim, na “defesa do espaço público, na apresentação de propostas para vários públicos, na promoção do encontro de gerações”, a Casa das Artes de Famalicão promete não deixar de fazer “propostas mais arriscadas por medo de perdermos algum público”.
A remar contra a maré
Sem salas de exibição comercial, é na Casa das Artes que a população famalicense pode encontrar uma programação cinematográfica eclética “com um leque alargado de propostas”. E, ao contrário do que se possa pensar, essa é uma vantagem para a Casa das Artes, que tem um público fiel: “as pessoas já esperam pela nossa programação para assistirem aos filmes”.
Este fim-de-semana (26 e 27 de Janeiro), a Casa das Artes organiza a segunda réplica do Close Up, o Observatório de Cinema de Famalicão, e está já a pensar a longo prazo: os meses de verão poderão contar com uma “programação alargada” do ‘Cinema Paraíso’ e com uma celebração especial – afinal de contas, o cineclube de Joane comemora, em Setembro, 20 anos de existência. Para o último trimestre do ano podemos contar com a 3ª edição do Close Up, que já tem datas marcadas: acontecerá de 13 a 20 de Outubro.
Para 2018, o que podemos esperar da Casa das Artes de Famalicão? “Vamos continuar o nosso trabalho e continuar a trazer mais pessoas às nossas sessões: não há programação sem público”, disse Vítor Ribeiro.
Áudio:
Vítor Ribeiro, responsável pela programação cinematográfica da Casa das Artes, fala dos números do ano passado.
