CTB esbate “Fronteiras” até 2021

A Companhia de Teatro de Braga (CTB) vai trabalhar, ao longo dos próximos quatro anos, sob o signo das “Fronteiras”: não só as físicas, como têm sido amplamente noticiadas nos últimos meses um pouco por toda Europa, mas também as mentais, cada vez mais à escala global.

Entre parcerias com companhias nacionais e internacionais (passam a partir de 1 de Outubro, na Roménia, com a peça “António e Beatrix”), novas criações e formação de públicos, a CTB espera continuar a esbater barreiras e a “mostrar a cidade dos dias de hoje”, um espectáculo de cada vez.

“As companhias não podem ser estruturas fechadas. Espero ter na companhia actores de outras nacionalidades que nos mostrem a realidade dos tempos modernos”, disse Rui Madeira.


Atrasos no financiamento obrigam a alterações da programação

Mais uma vez, o director da CTB criticou a actuação do Governo no apoio às instituições de criação artística. De acordo com Rui Madeira, o atraso na entrega do financiamento destinado à Companhia de Teatro de Braga obrigou a algumas alterações da programação.

Recorde-se que o director da CTB, em Abril, fez duras críticas à actuação do governo nesta área e pediu a demissão do actual Secretário de Estado da Cultura, que acusou de “querer acabar com as companhias” e de “torná-las em fazedores de projectos pontuais”.

Rui Madeira voltou a insistir no reforço do financiamento para que possam ser criadas “novas perspectivas” e para que “não seja reproduzido o gosto comercial e que já está garantido pela maioria dos cidadãos”. “o custo do teatro em Portugal é tão baixo que nem se percebe a razão para os financiamentos serem tão baixos e para não serem entregues a horas”, afirmou.

CTB estreia nova peça em Outubro

A Companhia de Teatro de Braga estreia, a 12 de Outubro, a última criação do ano. “A Antiga Mulher” parte do texto do autor almeão Roland Schimmelpfenning e conta com encenação do italo-francês Toni Cafiero.

Através da intimidade de um casal é feito o retrato da sociedade contemporânea, onde o equilíbrio entre o feminino e o masculino está em jogo. “O autor manipula o tempo, com o uso de flashbacks e viagens constantes entre o presente e o passado”, disse o encenador.

Mas há mais: o texto trabalho uma mistura de identidades e géneros, “sem sabermos muito bem quem é quem”, criando até diálogos abertos e directos entre personagens e o público.

Os bilhetes para o espectáculo já estão à venda. Custam 10 euros, ou metade para os portadores de cartão quadrilátero.

Pedro Andrade
Pedro Andrade

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