“O livro é o que nos salva!”

“O Livro é, acima de tudo, liberdade”. Quem o diz é António Ferreira, mentor do programa “Livros com RUM”. Hoje celebra-se o Dia Mundial do Livro e a directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, aproveitou a data para dizer que “quando celebramos livros, celebramos atividades – escrever, ler, traduzir, publicar – que contribuem para a realização humana. E celebramos, fundamentalmente, as liberdades que os tornam possíveis”.

António Ferreira lembrou que os livros servem para “preservar a memória” e para “cultivar o espírito crítico do ser-humano”. Desde a antiguidade grega até ao Mundo Islâmico, passando pela destruição nazi de milhares de livros judaicos ou até por situações actuais de censura em países como Cuba e China, são muitos aqueles que tentaram esbater a memória e a liberdade através da destruição de livros.

A directora-geral da UNESCO lembrou que o livro celebra “a liberdade de expressão e a liberdade de publicar”, e que “essas são liberdades frágeis”. António Ferreira partilha da mesma opinião e disse que “o livro sempre foi olhado com suspeita porque transmite cultura, educação, saber e conhecimento”. “Todo o tipo de poder olha para o livro com algumas reticências”, afirmou.

António Ferreira não tem dúvidas: “o livro é o que nos salva. A nossa forma de actuação enquanto ser consciente passa precisamente pelo livro”.

Atenas é Capital do Livro

No âmbito do Dia Mundial do Livro, a cidade de Atenas foi designada como Capital Mundial do Livro 2018, “em reconhecimento pelos seus programas de apoio editorial”, que facilitam “o acesso a livros à população em geral, e a migrantes e refugiados, em particular”, destaca Azoulay, que assumiu a direção da UNESCO no passado mês de Novembro.