Braga: apenas sete cães sobreviveram a surto de esgana

Cerca de 3 semanas depois, dos 57 cães do canil de Braga apenas 7 sobreviveram ao surto de esgana. Por enquanto, 3 cães estão ao cuidado da Abandoned Pets, uma das associações que colabora com a Agere, e 4 animais continuam em observação nos hospitais veterinários de Braga.

Quando ficou a saber-se da existência do surto de esgana, gerou-se uma enorme onda de contestação pelas redes sociais, com dezenas de pessoas a condenarem a forma como a AGERE tratou todo o processo e a exigirem a publicação do resultado das análises aos animais.

Eduarda Palmeira, um dos membros da Abandoned Pets, falou com a RUM e garantiu que a AGERE agiu com total transparência ao longo das últimas semanas e que cumpriu com a lei.

“Sempre fomos informados ao longo das semanas e recebemos as análises feitas aos animais”, explicou.

A AGERE está, neste momento, a realizar diversos trabalhos de melhoramento do canil de Braga para melhor acomodar os animais e para evitar a propagação de futuros surtos deste género. Eduarda Palmeira explicou, ainda, que o surto “continua activo”, inclusive noutras cidades do distrito e até fora dos Centros de Recolha Oficial (CRO).

Eduarda Palmeira explicou que o CRO de Viana do Castelo e de Ponte de Lima “estão fechados” à conta deste surto e que em Guimarães e Famalicão também já foram registados cães com esgana que acabaram por falecer.

Por enquanto, os três cães que sobreviveram e que não apresentam novos sintomas estão ao cuidado da Abandoned Pets até à reabertura oficial do canil de Braga. “Continuamos, em parceria com a AGERE, a efectuar as respectivas análises e chegaram sempre com resultados negativos. Estão felizes e saudáveis e esperemos que encontrem uma família a curto prazo”, disse Eduarda Palmeira.