A “minoria cigana como paradigma” em debate na UM

O Instituto de Educação da Universidade do Minho está a promover, entre os dia 4 e 5 de Maio, das 9h00 às 18h00, um seminário internacional intitulado de “Direitos, Educação e Inclusão Social: A Minoria Cigana como “Paradigma”, que traz até à academia minhota investigadores, técnicos e vários elementos de comunidades ciganas nacionais e internacionais. O seminário tem como objectivo abordar questões educativas e de integração social da etnia cigana, permitindo assim reflectir sobre formas e métodos de inclusão desta comunidade.
Na sessão de abertura, esta quinta-feira, estiveram presentes a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, o reitor da UMinho, António Cunha e o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio.
O destaque desta sessão foi para o papel das universidades e dos municípios.”Todos podemos fazer a diferença mas as universidades e os municípios têm um papel importante. Os municípios porque no fundo são quem gere o território, quem tem responsabilidades no sentido da integração. Ao nível das universidades, elas são muito importantes, quer a integrar como alunos e alunas os jovens e as jovens da comunidade cigana, como ao nível do conhecimento, da procura de estratégias para essa integração”, começou por referir Catarina Marcelino.
O projecto Geração Tecla.E6G é também uma presença nestes dois dias de seminário. Promovido pela Cruz Vermelha Portuguesa de Braga, o projecto desenvolve, desde 2010, um conjunto de acções junto da população cigana do Bairro Social de Santa Tecla, com o objectivo de aumentar a qualificação escolar e profissional dos jovens que ali residem. Virgínia Santos, coordenadora do projecto, explica que “este tipo de debates e discussão é fundamental trazer sempre, devia até ser trazido mais vezes”. “Falamos de direitos, de educação, de inclusão e falamos de tudo isto, em particular, numa minoria étnica que tem sido, ao longo dos anos, colocada um pouco à margem da sociedade maioritária”, considerou. Neste sentido, a coordenadora afirma que “há de parte a parte, pela sociedade maioritária e pelas comunidades ciganas, uma vontade, um interesse, um esforço conjunto de uma maior inclusão e integração”.
Até dia 5 de Maio o Instituto de Educação da Universidade do Minho recebe ainda as conferências “A criança, sujeito autónomo de Direitos Humanos. Que desafios e respostas para a sua interiorização, promoção e protecção?”; “Supporting educational success for Roma children in Spain: Promotional program”; e, por fim, “Integração no Mercado de Trabalho”.
